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“Doença do 11 de setembro” mata mais dois bombeiros

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(pd) Preston Keres / U.S. Navy

Bombeiro pede reforços, atentado de 11 de Setembro de 2001, World Trade Center

Thomas Phelan e Keith Youg estiveram nas operações de socorro ao atentado de 11 de setembro de 2001 e integram agora a lista de pessoas que morreram na sequência de problemas de saúde relacionados com o dia do ataque.

O atentado de 11 de setembro de 2001 fez um total de 2977 vítimas mortais. Entre essas, 343 eram bombeiros, mas nessa lista não consta o nome de Thomas Phelan ou de Keith Young – até porque os dois homens só morreram na semana passada.

Apesar dos 16 anos que separam um dos maiores atentados da história da morte destes dois bombeiros, a ligação entre os dois momentos é íntima.

Thomas Phelan trabalhava no ferry que fazia o transporte de turistas desde Manhattan até à ilha onde se encontra a Estátua da Liberdade. Quando os aviões embateram nas Torres Gémeas, a evacuação das pessoas foi feita por barco e Thomas transportou centenas de pessoas até Nova Jérsia, a partir de localizações extremamente próximas da zona do atentado.

Só em 2003 é que o homem se juntou à equipa de bombeiros da cidade, mas, à altura do 11 de setembro, Phelan foi o responsável por salvar centenas de vidas.

Por outro lado, Keith Young era bombeiro desde 1998 e, durante nove meses, trabalhou nos escombros do ataque.

Aos dois homens que ajudaram a salvar vidas foi diagnosticado cancro. Thomas Phelan descobriu em há poucos meses que tinha um tumor maligno no pulmão. Keith young lutava contra cancro da pélvis desde 2015.

Na semana passada, a 16 e 17 de março, respetivamente, os dois morreram.

De acordo com o Jornal de Notícias, que cita a Associação de Bombeiros de Gran Nova Iorque, Thomas e Keith são as vítimas 172 e 173 dos voluntários que acorreram à emergência no dia 11 de setembro de 2001.

A mesma associação avança que, só em 2018, sete bombeiros já morreram por “problemas relacionados com os ataques do 11 de setembro”.

O Centro para o Controlo e Prevenção de doenças nos EUA estima em 400 000 o número de pessoas expostas a poluentes tóxicos ou dramas.

A Associação de Bombeiros de Gran Nova Iorque aponta que um em cada oito bombeiros que esteve de serviço no Ground Zero sofreu de cancro e o Comité de Saúde Ocupacional de Nova Iorque avança com seis mil o número de socorristas presentes no local do atentado que sofreu de cancro.

Somos a prova viva dos efeitos do ataque e da sopa tóxica que estivemos a respirar durante meses”, declarou Gerard Fitzgerald, porta-voz da UFANYC.

Mas nem só os bombeiros e socorristas presentes no local sofrem com os efeitos secundários de um dos atentados mais mortais da história. Em 2015, a “Dust Lady” sucumbiu ao cancro.

d.r. Stan Honda

Marcy Borders numa das fotografias mais icónicas da tragédia do 11 de Setembro de 2001

Marcy Borders tornou-se conhecida a 11 de setembro de 2001, depois de ter sido fotografada pelo fotojornalista Stan Honda, coberta de pó, depois dos ataques terroristas ao World Trade Center.

A americana dizia que tinha desenvolvido a doença ao inalar a poeira durante o ataque e passou a sofrer de alcoolismo e ansiedade nos anos a seguir à tragédia.

ZAP //

1 Comment

  1. Eh triste a morte de qualquer ser humano, seja americano ou iraquiano. E passados 16 anos quantos civis morrem ainda devido as intervencoes no pais?

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