O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, disse este sábado que o diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves foi afastado do cargo porque “repetidamente se opôs” às orientações do Governo.
“Houve uma oposição repetida às orientações do Governo, houve claramente o assumir, em vários momentos de que, do ponto de vista deste dirigente, não estavam reunidas as condições para a prossecução daquela política pública”, disse Pedro Marques.
Para Pedro Marques, que falava aos jornalistas à margem das comemorações dos 358 anos da Batalha das Linhas de Elvas, o “mais importante” era “assegurar” que estivessem reunidas condições para o organismo poder trabalhar com normalidade e, por outro lado, “repor a normalidade institucional numa área importante” da política pública.
O director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), Álvaro Neves, foi exonerado do cargo depois de se ter queixado da falta de verbas para a segurança aérea em Portugal.
A informação tinha sido esta sexta-feira confirmada à Lusa por fonte oficial do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, que avançou que o processo de exoneração de Álvaro Neves está “em curso com base no desrespeito do Estatuto do Pessoal Dirigente (do Estado), nomeadamente a observação das determinações do Governo”.
O director do GPIAA tem sido muito crítico em relação ao “estrangulamento financeiro” do organismo que, em 2016, viu o orçamento anual reduzido para 300 mil euros (antes eram cerca de 500 mil euros).
Em Outubro de 2016, Álvaro Neves chegou a lamentar que é a “fé em Fátima” que garante a segurança aérea em Portugal.
Reagindo à exoneração, Álvaro neves refere que vai contestar a decisão do governo, garantindo que “nunca desrespeitou” o Estatuto do Pessoal Dirigente.
// Lusa
E viva a ditadura…