Dinossauro bico de pato descoberto no México

Uma equipa de cientistas descobriu uma nova espécie de dinossauro com cerca de 72,5 milhões de anos.

A espécie agora encontrada, Coahuilasaurus lipani, é proveniente de Coahuila, no norte do México e apresenta um comprimento de 8 metros.

O animal pertence aos Kritosaurini, um conjunto de dinossauros bico de pato e difere das espécies relacionadas por ter um focinho curto e uma série de projeções semelhantes a dentes no céu da boca.

Segundo o Sci.News, o novo bico de pato é conhecido a partir da extremidade anterior de um crânio e a sua morfologia invulgar das mandíbulas sugere que o dinossauro é especializado no consumo de vegetação dura como palmeiras e cicadáceas.

Num novo estudo, publicado este mês no Diversity, os investigadores demonstraram que o C. lipani difere dos kritosaurinos encontrados mais a norte em Laramidia.

Tal como vários outros espécimes, o Coahuilasaurus lipani documenta a persistência de critosaurinos no sul após a extinção local no norte de Laramidia, um padrão também visto em Parasaurolophini e Lambeosaurini.

“Os Kritosaurinos são uma das linhagens mais diversas de hadrossauros da América do Norte, sendo representadas por uma grande quantidade de espécies do último Cretáceo do interior ocidental”, explica o primeiro autor do estudo, Nicholas Longrich.

A variação na morfologia da mandíbula sugere uma especialização para nichos ecológicos e alimentos distintos. A sua crista craniana conduziu à evolução dos critosaurinos, tal como nos lambeosaurinos com crista e nos ceratopsídeos.

As diferenças na composição de espécies e na estrutura da comunidade em diferentes partes de Laramidia significam que é necessário mais trabalho sobre os dinossauros do México e do sudoeste americano para entender a evolução da diversidade de dinossauros no oeste da América do Norte.

As faunas do dinossauros do Sul apresentam diferentes padrões de mudança de diversidade, em comparação com as faunas do norte de Laramidia. Além disso, são caracterizadas por taxas de origem mais elevadas e taxas de extinção mais baixas.

Soraia Ferreira, ZAP //

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