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“Diga-lhes o que disse aqui”. Roberta Metsola desafia PCP a ir ao parlamento ucraniano

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Miguel A. Lopes / Lusa

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, na Assembleia da República

A presidente do Parlamento Europeu desafiou esta sexta-feira a deputada comunista Paula Santos a ir ao Parlamento de Kiev falar aos deputados ucranianos e pediu ao líder do Chega, André Ventura, para ponderar posições sobre migrações.

Roberta Metsola, que participou esta sexta-feira num debate na Assembleia da República, pediu à deputada comunista Paula Santos que diga em Kiev “o que disse” no parlamento português.

“Eu falei no Parlamento da Ucrânia no dia 1 de Abril de 2022. Peço-lhe que diga o que disse aqui em frente aos deputados ucranianos”, desafiou a presidente do Parlamento Europeu.

Vá a Kiev “para falar com esses deputados que não falam com as mulheres durante semanas, cujos filhos não podem ir à escola. Isto não se trata de ficar sentado à mesa e fazer com que as pessoas negoceiem, isto é sobre fazer com que a Rússia saia da Ucrânia. Nem mais nem menos“, disse Metsola, dirigindo-se à deputada do PCP.

A líder parlamentar comunista tinha afirmado que “é preciso parar de instigar e alimentar a guerra na Ucrânia e abrir vias de negociação”, e considerou que “a UE que mobiliza e disponibiliza milhões de euros para o armamento é a mesma que recusa a valorização dos salários e das pensões”.

Sobre os efeitos da guerra na Ucrânia, sobretudo económicos, Metsola acrescentou que é preciso ouvir os jovens afectados pela crise da habitação e os empresários atingidos pela inflação.

Roberta Metsola considerou o debate com os deputados dos vários partidos portugueses “muito animado“.

Respondendo diretamente a André Ventura sobre os casos de alegada corrupção na UE, Metsola disse que é preciso encarar e analisar o problema, mas sublinhou que se devem evitar generalizações.

“Vimos o que aconteceu e vimos o que podemos fazer melhor, mas temos de ser um Parlamento que não é empurrado para um canto por aqueles que querem destruir o projeto europeu, por causa de alegadas ações praticadas por alguns“, disse Roberta Metsola.

Referindo-se às críticas do líder do Chega sobre as políticas migratórias da UE, Metsola recordou que em 2022 assinalam-se dez anos sobre a maior crise no Mediterrâneo, urgindo o deputado a ponderar as posições.

“Eu venho de uma ilha, Malta, que está no centro do problema. Sabe o que dissemos há dez anos? Dissemos: ‘Nunca Mais’. Finalmente temos, entre os Estados membros, meios para seguir em frente”, referiu a presidente do Parlamento Europeu.

“O senhor pode dizer ‘nem pensar’ mas o que eu lhe peço é que se sente à mesa e vote por um pacto que também olha pela proteção das fronteiras, porque há países mais pressionados que outros“, disse Metsola.

Não se esqueça disto: para milhões de pessoas ainda é mais seguro embarcar e enfrentar a morte. Estamos a falar de pessoas“, declarou a presidente do Parlamento Europeu, dirigindo-se a Ventura.

Roberta Metsola, natural de Malta, agradeceu aos deputados portugueses a menção à jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia, assassinada em 2017.

Nenhum jornalista deve ser morto por fazer o seu trabalho, só porque estava a investigar a verdade. Não quero que isto aconteça nem na Europa nem no meu país”, disse.

Roberta Metsola demonstrou ainda preocupação sobre as questões do clima e violência sobre as mulheres do Afeganistão e do Irão.

“Não digo isto porque sou mulher, mas é o que vemos. As mulheres são mortas e as minorias são perseguidas“, afirmou Metsola.

Esta foi a primeira vez que um presidente de uma instituição europeia participa num debate com os líderes parlamentares no plenário da Assembleia da República.

ZAP // Lusa

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17 Comments

  1. A senhora Metsola esquece que, ainda antes da invasão o regime ucrania o proibiu o PCU e prendeu grande parte dos seus dirigentes. Aliás como fez depois com os restantes partidos de esquerda. Dende se a deputada comunista fosse discursar à Rada (parlamento da Ucrânia) seria no mínimo detida se é que a sua integridade física não ficasse imediatamente posta em risco.
    A hipocrisia desta senhora face à pujante democracia que já existia na Ucrânia antes da invasão é tocante.

  2. Por isso já denunciou a Polónia por ter preso incomunicado e sem acusação a um jornalista espanhol.
    O problema tem um apelido de origem ruso, logo é espião.
    Já lá foi essa senhora tratar do assunto?

  3. E a sra Metsola que va’ ao Dombass e ao Donetsk, na Ucrania, falar com os UCRANIANOS que os nazis banderitas do batalhao AZOV andaram a bombardear desde 2014; que tiveram a SUA LINGUA NATAL DE SEMRE – a lingua Russa- proibida nas escolas DOS SEUS FILHOS; que tivera os partidos politicos em que votaram maioritariamente ate’ 2014, proibidos e saqueados; que tiveram o Presidente em que votaram maioritariamente, a ser objecto de um golpe de estado, do qual ate’ a Sra Nuland foi apanhada a confessar a maozinha dos USA.

    Para a Sra Metsola, e todos os hipocritas do estilo, os seres HUMANOS sao so’ quem eles querem apoiar, por sua conveniencia. Os MILHOES de outros UCRANIANOS, e’ como se nao existissem.

    Tanto para Putin, como para a NATO, como para as Sras Metsolas, o POVO U=da Ucrania, seja de um lado ou do outro, e’ mera carne para canhao nos seus jogos de interesses. Choram por eles, mas estao muito contentes de os levare a massacrarem-se mutuamente.

    TENHAM VERGONHA !

  4. E a sra Metsola que va’ ao Dombass e ao Donetsk, na Ucrania, falar com os UCRANIANOS que os nazis banderitas do batalhao AZOV andaram a bombardear desde 2014; que tiveram a SUA LINGUA NATAL DE SEMPRE – a lingua Russa- proibida nas escolas DOS SEUS FILHOS; que tiveram os partidos politicos em que votaram maioritariamente ate’ 2014, proibidos e saqueados; que tiveram o Presidente em que votaram maioritariamente, a ser objecto de um golpe de estado, do qual ate’ a Sra Nuland foi apanhada a confessar a maozinha dos USA.

    Para a Sra Metsola, e todos os hipocritas do estilo, os seres HUMANOS sao so’ quem eles querem apoiar, por sua conveniencia. Os MILHOES de outros UCRANIANOS, e’ como se nao existissem.

    Tanto para Putin, como para a NATO, como para as Sras Metsolas, o POVO U=da Ucrania, seja de um lado ou do outro, e’ mera carne para canhao nos seus jogos de interesses. Choram por eles, mas estao muito contentes de os levare a massacrarem-se mutuamente.

    TENHAM VERGONHA !

  5. Quando houver novas eleições, espero que os comunistas já não tenham assento na Assembleia. Só num país atrasado como Portugal é que em 2023 ainda lá há pessoas dessa estirpe, depois de o sistema ter dado mais que provas de que nunca prestou e nunca teve nada de democrático.

  6. Sim o comunismo é uma ditadura… gostava que lhes acontece-se como o CDS esperando, também, que o Chega não suba, uma vez que não posso (poder desejar, posso) esperar que este partido não continue a ter mais presença no Parlamento, infelizmente.

    Mas o que mais me irrita é que o ocidente tenha engordado a Rússia, permitindo-se a negociar com um país que não respeita os mais elementares direitos! Mas não é só à Rússia, todos sabemos que a China será a maior potência porque está sempre a ser engordada pelo ocidente democrático…

    • A Rússia está magra, meu caro… Está de dieta e bem rigorosa. Com uma economia de guerra e só cresce 2 %!!!! Algo vai mal.

        • Abre os olhos. A Rússia está sem dinheiro. Não é à toa que estão sempre a falar nas sanções. Se não fizessem mossa, não falariam. Eles sabem-no bem. Até porque vender combustíveis (gás e petróleo) a metade do preço com o dobro do custo não é grande negócio.

  7. O PCP tem de estudar um pouco de História e esquecer a cassete
    Aqui vai um pouco de matéria sobre a contribuição da Rússia para a paz desde 1700.
    Resumidamente:
    Anexação da Estónia e da Letónia, 1700-1721; Anexação da Crimeia, 1783; Supressão da Polónia, 1794-1795; Ocupação da Finlândia, 1808-1809; Guerra Caucasiana, 1817-1864; Anexação da Geórgia, Arménia e Azerbaijão; 1826-1828; Intervenção na Hungria, 1848-1849; Guerra da Crimeia, 1853-1856; Guerra Soviético-Ucraniana, 1917-1921; Guerra Russo-Lituana, 1918-1919; Guerra da Independência da Estónia, 1918-1920; Guerra da Independência da Letónia, 1918-1920; Guerra Polaco-Russa, 1919-1921; Anexação da Íngria Finlandesa, 1919-1920; Invasão e Ocupação do Azerbaijão, 1920; Invasão e Ocupação da Arménia, 1920; Invasão e Ocupação da Geórgia, 1921; Invasão e Ocupação da Polónia, 1939-1941; Tentativa de Invasão da Finlândia, 1939-1940; Ocupação da Bessarábia e Bucovina do Norte, 1940-1941; Ocupação dos Países Bálticos, 1940-1941; Segunda Guerra Soviético-Finlandesa, 1941-1944; Ocupação da Roménia, 1944-1958; Divisão da Alemanha, 1949-1990; Intervenção na Hungria, 1956; Invasão da Checoslováquia, 1968; Invasão e Intervenção no Afeganistão, 1979-1989; Primeira Guerra da Tchetchénia, 1994-1996; Segunda Guerra da Tchetchénia, 1999-2009; Invasão da Geórgia e Ocupação da Ossétia do Sul e da Abecásia, 2008; Anexação da Crimeia, 2014; Intervenção em Donetsk e Lugansk (Ucrânia), 2014 e 2022; Invasão da Ucrânia, 2014 e 2022.
    Agota têm de ser parados nem que seja à força. O Mundo precisa de descanso.

  8. A união europeia deve enviar todos os meios e dinheiro necessário pelo tempo que for necessário. Um euro investido agora são menos jovens europeus mortos daqui a 10 anos. Putin tem de ser derrotado já!

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