A Direção-Geral da Saúde fez uma revisão nas orientações de modo a facilitar o acesso dos acompanhantes e para deixar exclusivamente ao critério da mãe o contacto pele a pele com o bebé e a amamentação logo após o nascimento, em casos de covid positivo.
As duas orientações técnicas sobre a gravidez, relativamente ao parto e aos cuidados ao recém-nascido, foram assim atualizadas. Agora, os hospitais têm de facilitar o acesso dos acompanhantes e promover mesmo a presença do pai nas maternidades, como acontecia antes da pandemia.
A revisão das normas foi feita depois de muitas queixas de grávidas e de várias organizações, escreve o Público.
A DGS sublinha agora que as mães infetadas com o novo coronavírus devem ser informadas de que o benefício do contacto pele a pele com o seu recém-nascido é bastante superior ao risco de transmissão e recomenda que seja incentivado o alojamento conjunto, afastando a possibilidade de separação após o parto.
A orientação refere ainda que “as unidades hospitalares devem assegurar as condições necessárias para garantir a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto” e que, para tal, o acompanhante deve trazer um teste com resultado negativo realizado nas 72 horas anteriores ao internamento.
No entanto, no caso de trabalho de parto espontâneo, se o pai não trouxer um teste de diagnóstico de SARS-CoV-2, os hospitais passam a ter que disponibilizar-lhe um, de forma a permitir a obtenção do resultado em tempo útil, para que o pai possa acompanhar o parto.
“As unidades de saúde devem assegurar as condições necessárias para garantir a presença de acompanhante do recém-nascido”, refere a orientação.
De recordar que há cerca de um ano atrás, altura em que pouco se sabia sobre o novo coronavírus, quase todos os hospitais do país passaram a impedir o pai ou outro acompanhante de estar presente durante o trabalho de parto e, se as parturientes tivessem teste positivo para SARS-CoV-2, eram muitas vezes separadas do seu bebé.