Pelo menos 40 pessoas foram detidas esta quarta-feira por suspeita de tráfico de seres humanos, associação criminosa e branqueamento de capitais. Mais de 400 inspetores estarão envolvidos em 60 buscas no Alentejo.
Na investigação, conduzida pela Unidade de Contraterrorismo e pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, está em causa a exploração de trabalhadores estrangeiros, que se encontravam sob condições sub-humanas em território alentejano.
Como avançou a CNN, os suspeitos terão enriquecido com os ordenados das vítimas, pagos pelos empregadores. Entre os detidos está uma solicitadora da vila de Cuba, que terá ajudado na criação de empresas fantasma e na falsificação de documentos.
As vítimas seriam atraídas com a promessa de uma vida melhor, tendo direito a casa, trabalho e salário garantidos. Mas tratava-se de uma armadilha de uma rede organizada que operava a partir do distrito de Beja e contava com membros do Leste da Europa, tal como da Índia, Paquistão ou Timor.
O esquema, agora descoberto pela Polícia Judiciária (PJ) e o DIAP de Lisboa, escondia um regime de semiescravidão. As vítimas ficavam logo em dívida com a rede na chegada ao território português, após a cobrança pelas viagens, logística e alojamento, que totalizava milhares de euros.
Esses trabalhadores estão ilegais em Portugal e sujeitos a trabalhos pesados com raro descanso e escassa recompensa. Outro dos métodos passa por manter as vítimas sob ameaça de violência física, para os próprios e para os familiares diretos nos países de origem.
A rede é comandada a partir de uma estrutura familiar, de cidadãos romenos, que a partir daí distribuem ordens por toda a hierarquia com posições definidas, desde a angariação, ao transporte e colocação dos trabalhadores nas explorações agrícolas.
Alegadamente, a rede adquire bens de luxo em nome de terceiros com o objetivo de tentar passar os sinais de riqueza abaixo do radar das autoridades.
Os responsáveis finais são aqueles que abrem as portas, que promovem a imigração, ilegal ou não.
Ministerio dos negócios estrangeiros, SEFes, Marcelos, Costas… São todos responsáveis por esta situação decadente em Portugal em pleno sec XXI