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Detido mais um suspeito no caso do roubo das armas de Tancos

Paulo Novais / Lusa

Militares à entrada dos Paióis Nacionais do Polígono Militar de Tancos

A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais um arguido no caso do furto do material militar no Paiol de Tancos, que ficou em prisão preventiva.

Segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ), “em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de estupefacientes”.

O detido já foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e foi-lhe decretada a prisão preventiva. A detenção ocorreu na sequência das diligências desencadeadas na quarta-feira.

Segundo o Jornal i, trata-se de Fernando Baião, um dos últimos elementos do grupo responsável pelo crime. A detenção terá acontecido pelas 21h em Ansião, no distrito de Leiria, localidade onde João Paulino, o alegado cabecilha, geria um bar.

Baião, que se encontrava a trabalhar na Suíça, terá sido apanhado pela PJ quando regressou a Portugal para passar as férias de Natal.

O furto do material de guerra, entre granadas, explosivos e munições, ocorreu entre a noite do dia 27 e a madrugada do dia 28 de junho de 2017, no Paiol de Tancos. O inquérito corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária.

O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017.

O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, quando foram detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do crime.

Entre os detidos está o diretor da PJM e um civil (que já foi militar), principal suspeito da prática do furto, encontrando-se ambos em prisão preventiva, num caso que levou à demissão de Azeredo Lopes do cargo de ministro da Defesa e cujas implicações políticas levaram à criação de uma comissão parlamentar de inquérito.

ZAP //

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