A praga dos ‘pomacea’ pode levar a prejuízos de “centenas de milhares de euros”. Estes moluscos representam uma ameaça para os humanos.
Há cerca de um mês, os caracóis maçã foram proibidos em Portugal. A entrada, circulação e venda de caracóis maçã foi proibida em Portugal.
A praga dos caracóis do género ‘pomacea’ pode levar a prejuízos de “centenas de milhares de euros”.
O plano de contingência, divulgado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), determina a “proibição da entrada, detenção, circulação e ou venda de caracóis do género ‘pomacea’ no território nacional”.
Os sintomas de ataques desta praga são pouco específicos. Contudo, as plantas podem apresentar buracos de margens irregulares e folhas que permanecem apenas com as nervuras, para além de danos nas raízes e caules.
O arroz é o “principal hospedeiro com importância económica desta praga”. Nesta cultura, os caracóis atacam as plântulas (‘embriões’ que emergem das sementes), sobretudo quando a cultura é realizada por sementeira, e provocam a morte das plantas.
O portal Sciencing acrescenta que, para além do perigo que os caracóis- maçã representam para os animais que se encontram nos ecossistemas de água doce, também são uma ameaça para os humanos.
O maior perigo é o verme pulmonar do rato (Angiostrongylus cantonesis), do qual são hospedeiros intermediários.
Traduzindo: se as pessoas consumirem caracóis crus ou mal passados contaminados com larvas parasitas, é provável que fiquem doentes. Os casos graves podem originar danos nervosos crónicos, meningite eosinofílica (um tipo raro de meningite) ou mesmo morte.
Uma vez que as fêmeas dos caracóis maçã podem pôr grupos de 500 a 700 ovos a cada 5 a 14 dias, é importante destruir logo estes ovos – para dificultar a sua reprodução e reduzir o seu impacto no ambiente e na saúde humana.
Para identificar os ovos: são reconhecíveis pelas suas conchas pesadas, com cores que variam de amarelo-dourado a castanho-escuro e têm faixas escuras.
A maioria dos caracóis-maçã tem 5 a 10 cm de altura, mas alguns podem atingir até 15 cm.
Para sobreviver, precisam de uma variedade de algas aquáticas, frutas e legumes como alimento, bem como outros ovos de caracol e organismos em decomposição.
Os caracóis-maçã preferem um habitat onde a água tenha pouco sal, onde se movam lentamente e um habitat bem oxigenado – por isso é provável que também encontre aí os seus ovos.
