Desemprego desce (mas sobe)

Paulo Novais / Lusa

A taxa de desemprego em abril foi de 6,8%, inferior à de março, mas superior em 0,9 pontos percentuais ao período homólogo de 2022, segundo as estimativas mensais de emprego e desemprego do INE divulgadas esta quarta-feira.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego “situou-se em 6,8%” em abril, “valor inferior ao de março e ao de janeiro de 2023″: 0,2 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente”.

A taxa registada em abril é “o valor mais baixo desde dezembro de 2022, quando foi, também, de 6,8%”.

Este indicador é, no entanto, superior ao do período homólogo de 2022, no qual se situava em 0,9 pontos percentuais.

Segundo dados do INE divulgados a 10 de maio, ao longo primeiro trimestre do ano, a taxa de desemprego subiu para 7,2%. Era 5,8% há apenas meio ano.

No trimestre anterior, o último de 2022, essa taxa era de 6,5%. E, se recuarmos ao primeiro trimestre do ano passado, a diferença é evidente: o desemprego estava nos 5,9%, ou seja, menos 1,3%.

Em apenas meio ano, a taxa de desemprego passou de 5,8% (Setembro de 2022) para os actuais 7,2%. É uma subida ainda maior, de 1,4%.

O “fim de festa” no mercado de trabalho já tinha deixado sinais na União Europeia, com avisos para a provável subida do desemprego ao longo dos próximos meses.

“Há alguns sinais de deterioração potencial no mercado de trabalho”, avisou em janeiro a Comissão Europeia, depois de dois anos seguidos com o emprego sempre a subir.

A COVID-19 originou muitos e inéditos apoios governamentais às empresas, no auxílio à contratação, e a “reabertura” do mundo no último ano e meio ajudou a originar recordes nos números do emprego.

Mas, segundo o Jornal de Negócios,  em Bruxelas já se acredita numa inversão dos números do emprego na Europa. A Comissão Europeia acredita que o cenário de queda no desemprego vai acabar. Ou já está mesmo a acabar em alguns países.

ZAP // Lusa

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