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Descobertas duas super-Terras na zona habitável de uma das estrelas mais próximas do Sistema Solar

Uma equipa internacional de cientistas encontrou duas super-Terras a orbitar uma das estrelas mais próximas do Sistema Solar.

Conduzida pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, a equipa de especialistas localizou um sistema formado por pelo menos duas super-Terras – poderão ser até três – que orbitam em torno de Gliese 887, a anã vermelha mais brilhante dos céus, que é também uma das estrelas mais próximas do Sistema Solar, frisa a emissora britânica BBC.

Os cientistas monitorizam a anã vermelha recorrendo ao espectrógrafo HARPS do Observatório Europeu do Sul no Chile. Com este instrumento, conseguiram medir pequenas oscilações causadas pela atração gravitacional dos planetas na estrela em causa.

Na nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Science, os cientistas apontam que os sistema abriga pelo menos dois, e talvez três, exoplanetas com dimensões semelhantes às das super-Terras.

Entende-se por super-Terra um planeta com uma massa maior do que a Terra, mas menor do que a dos gigantes gelados Urano e Neptuno.

Os cientistas acreditam que os mundos agora descobertos estejam localizados perto da zona habitável da anã vermelha, onde pode existir água no estado líquido, podendo estes ser mundos ser do tipo rochoso, frisa ainda o portal Phys.org.

Os dois planetas identificados, Gliese 887b e Gliese 887c, têm períodos orbitais de 9,3 e 21,8 dias, respetivamente, o que significa que estes mundos se movem muito mais rápido e mais perto do que Mercúrio em torno do Sol.

Estima-se que as suas temperaturas sejam de 200 e 70 graus Celsius, respetivamente.

Uma oportunidade na procura de vida

A cerca de 11 anos-luz de distância, Gliese 887 é uma das estrelas mais próximas do Sistema Solar, refere o portal Russia Today, sublinhando que esta anã vermelha é muito mais fraca do que o Sol, tendo cerca de metade do seu tamanho.

Os astrónomos não descartam a possibilidade de estes dois mundos recém-descobertos junto da Gliese 887 reterem atmosferas ou até serem mais densos do que as da Terra, podendo, potencialmente, abrigar vida.

“Estes planetas fornecerão as melhores possibilidades para estudos mais detalhados, incluindo a procura por vida fora do nosso Sistema Sola”, disse a astrofísica da Universidade de Göttingen e autora principal do estudo Sandra Jeffers.

ZAP //

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