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Descoberta nova parte da famosa estrada romana Via Domícia

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Inrap

A nova secção da Via Domícia, em França.

Arqueólogos do Institut national de recherches archéologiques préventives (Inrap) descobriram, em França, uma nova porção da Via Domícia, uma das mais famosas estradas do antigo Império Romano.

A Via Domícia foi a primeira estrada romana construída na Gália para ligar a península Itálica à Hispânia através da Gália Narbonense, atravessando a região que é hoje o sul de França.

Entre as cidades que ligava, a Via Domícia recebeu uma sequência de mansões, espaçadas à distância de um dia de viagem para uma carroça carregada, nas quais abrigo, provisões e cavalos descansados podiam ser obtidos para viajantes em missões oficiais.

A descoberta desta nova secção da estrada foi feita antes da instalação de um tubo hidráulico para garantir o abastecimento de água entre as áreas de Montpellier e Narbonne, no sul de França, sublinha o Ancient-Origins.

A nova secção da Via Domícia liga o noroeste de Itália aos Pirenéus e foi encontrada pouco acima da cidade de Loupian, em França.

“Apesar da fama desta estrada, poucas escavações até agora deram a conhecer o seu percurso. As poucas operações que nos informam sobre a sua implementação foram realizadas em contexto urbano, em relação a locais de escala ou à localização de travessias de cursos de água. Apenas raras observações transversais em aterros à beira da estrada nos permitiram ter uma ideia da sua aparência”, lê-se no comunicado divulgado pelo Inrap.

A Via Domícia foi criada por Cneu Domício Enobarbo, um político eleito cônsul em 122 a.C. A estrada era um ativo estratégico importante para os romanos, permitindo a regular entrada e saída de tropas entre Espanha e Itália numa rota fixa.

A secção da estrada romana de Loupian de três corredores tem 18 metros de largura, com cada corredor a medir quase seis metros de largura.

Daniel Costa, ZAP //

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1 Comment

  1. O troço aparenta ser sinuoso… numa zona plana… hmm… os Romanos apreciavam a linearidade e concretizavam-na nas suas estradas sempre que lhes era possível. E aqui era!

    Que explicações terão os arqueólogos para isto?

    As ditas “mansóes” são na realidade “postos de descanso e de troca”… tipo estalagem, mas estatal e a funcionar com normas rígidas!
    Talvez a designação de “posto” seja mais adequada!

    Seria também interessante o desenvolvimento da questão dos 3 corredores…!
    Será que a publicação original contém essa informação?

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