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Descoberta incomum feita na antiga capital asteca terá de ser novamente enterrada

INAH

Uma equipa de arqueólogos mexicanos anunciou que iria reconstruir um monumento arqueológico incomum encontrado nos arredores da Cidade do México. Porém, este processo terá de ser adiado.

Trata-se de um túnel construído há vários séculos como parte do Albarradón de Ecatepec: um sistema de controlo de cheias e vias navegáveis construído para proteger a cidade histórica de Tenochtitlan da subida das águas.

Tenochtitlan, conhecida como a capital do Império Asteca, apresentava vários sistemas para evitar inundações por chuvas torrenciais, diz o Science Alert.

O pequeno túnel-portão descoberto mede apenas 8,4 metros de comprimento, representando apenas uma pequena parte do colossal monumento Albarradón de Ecatepec, que no total se estendia por 4 quilómetros, e que foi construído por milhares de trabalhadores indígenas.

Embora pequeno, este túnel é uma descoberta importante – e incomum -, já que os arqueólogos encontraram ainda vários glifos pré-hispânicos desenhados na estrutura. No total, 11 símbolos foram descobertos – incluindo representações de um escudo de guerra, a cabeça de uma ave de rapina, gotas de chuva, entre outros.

No início, o objetivo seria expor a descoberta ao público, para que as pessoas pudessem visitar esta fusão centenária e incomum de elementos culturais astecas e espanhóis. No entanto, os planos acabaram por ser alterados.

O Instituto Nacional de Antropologia e História informou, refere a Associated Press, que os arqueólogos vão voltar a cobrir as descobertas com terra, na esperança de que num futuro próximo haja dinheiro suficiente para desenvolver um projeto que possa proteger o túnel histórico.

Devido à falta de fundos para reconstruir adequadamente a exposição e proteger a notável estrutura, a secção do túnel recém-descoberta terá agora que ser coberta, com o túnel a ser enterrado novamente para não ser danificado ou vandalizado.

De acordo com o instituto, a decisão deve-se, em grande parte, aos contínuos impactos económicos da pandemia de covid-19 no México.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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