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Descoberta comédia de Lope de Vega escrita há 400 anos

Ecelan / Wikimedia

Retrato do escritor espanhol Félix Lope de Vega y Carpio (1562-1635)

Retrato do escritor espanhol Félix Lope de Vega y Carpio (1562-1635)

Uma comédia escrita há 400 anos pelo dramaturgo do “século de ouro” espanhol Felix Lope de Vega, que se pensava perdida, foi descoberta na biblioteca nacional de Espanha, anunciaram especialistas.

A peça vai ser interpretada este ano pela primeira vez desde que estreou há quatro séculos.

Do século XVII, a cópia manuscrita da peça “Mujeres y Criados” foi encontrado nos arquivos da biblioteca nacional espanhola por um investigador especialista na obra de Lope de Vega.

“É uma descoberta muito importante”, declarou Alberto Blecua, diretor do grupo de investigação da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) ao qual pertence o investigador Alejandro Garcia Reidy, citado num comunicado da universidade.

Segundo Alejandro Garcia Reidy, trata-se de uma cópia do original feita por Pedro de Valdés, diretor de uma companhia teatral, que representou a peça cerca de 20 anos depois de ter sido escrita.

Uma versão digital das 56 páginas manuscritas foi publicada no “site” da biblioteca digital hispânica e servirá de base para a encenação da peça este ano pela primeira vez desde que estreou há quatro séculos.

A história da comédia, escrita em 1613 ou 1614 e que decorre em Madrid, é a de duas irmãs, Violante e Luciana, e dos seus amantes, Claridan e Teodoro, um dos quais é criado e o outro secretário de um conde, Prospero.

A situação complica-se com o aparecimento de dois outros pretendentes: o conde Prospero, que corteja Luciana, e o rico Don Pedro, que prefere Violante e que conta com o apoio do seu pai.

“Esta comédia pode interessar uma audiência atual”, considerou Alejandro Garcia Reidy.

Lope de Vega referenciou esta peça numa lista das suas obras elaborada em 1618, mas pensava-se que tinha desaparecido.

O manuscrito estava “escondido” nos arquivos da biblioteca nacional espanhola desde a compra, em 1886, dos fundos da biblioteca de Osuna.

/Lusa

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