Um mês depois do desaparecimento de Émile, de dois anos, numa aldeia dos Alpes franceses, continua a não haver sinal da criança, nem explicação para o facto de se ter evaporado sem deixar pistas.
As autoridades continuam a investigar o desaparecimento de Émile, vasculhando os arredores de Haut-Vernet, nos Alpes franceses. O menino desapareceu da casa de férias de família no pequeno povoado no passado dia 8 de Julho.
Apesar da grande operação implantada no terreno, com buscas, interrogatórios, drones e cães, nem sinal da criança.
“Quando não encontramos Émile na aldeia, isso significa que foi necessariamente levado. Não pode ser de outra forma. Só poderia ter sido levado por adultos, por um ou mais adultos”, analisa o presidente da comuna de Vernet, François Balique, em declarações aos microfones da CNEWS.
Balique acredita, assim, que a criança foi raptada. “Ou estamos a lidar com um louco, ou com alguém maquiavélico“, considera.
As autoridades continuam a analisar os elementos recolhidos no terreno e a cruzar testemunhos, a verificar horários e centenas de ligações dos telemóveis da região.
Entretanto, a polícia descartou mais duas pistas falsas. Uma delas referia-se a uma laje de cimento localizada nas proximidades de um curral na aldeia onde Émile desapareceu. O espaço tinha sido vendido recentemente e as obras realizadas aquando do desaparecimento pelos novos proprietários chamaram a atenção.
Para tirar dúvidas, a polícia destruiu a laje, para ver o que teria por baixo, mas só encontrou um pedaço de poliestireno esquecido, de acordo com a BFMTV Alpes.
Outra pista seguida e descartada está relacionada com o suicídio de um homem que estava acusado de abuso sexual de menores. Tinha julgamento marcado para 30 de Novembro e foi encontrado morto na casa de família, numa aldeia próxima de Haut-Vernet.
Mas a polícia confirmou que o telemóvel do homem estava longe da localidade quando Émile desapareceu. Por isso, foi descartado como suspeito.
Os acessos à aldeia de Haut-Vernet foram mais uma vez fechados com um novo decreto municipal que proíbe a entrada na povoação a não residentes. Uma decisão tomada pelo autarca local em nome da “tranquilidade de todos os habitantes” que se queixaram por terem sido “importunados” por jornalistas.