Espanha: deputados recebem réplicas de fetos humanos

Protesto contra a nova lei de aborto, “mais atroz” do que nos tempos de Zapatero.

A lei do aborto vai mudar (também) em Espanha.

As mudanças foram aprovadas há cerca de duas semanas, depois das propostas do Ministério da Igualdade.

A nova lei vai permitir que menores de idade, a partir dos 16 anos, abortem sem a permissão dos pais, em qualquer centro sanitário público.

Já se esperava que esta novidade originasse protestos – e um dele chegou ao parlamento espanhol, de uma forma original.

Nesta semana, deputados de vários grupos parlamentares receberam bolsas com réplicas de fetos humanos de 12 semanas e líquido vermelho.

A RTVE relata que a “prenda” chegou a deputados de PSOE, Unidas Podemos, ERC, Compromisso, Más País e Bildu.

O feto é parte do protesto. A campanha inclui uma carta escrita por Ignacio Arsuaga, presidente das associações Direito a Viver e Faz-te Ouvir.

Na carta lê-se que os deputados espanhóis, ao aprovarem a nova lei, estão a permitir “a eliminação de seres humanos, num procedimento cirúrgico de extrema violência e crueldade”.

E há um contexto financeiro nestas críticas: “Com a nova lei, multiplicar-se-á o desmembramento e a sucção de bebés no útero em benefício dos centros de aborto, que lucram com a dor de milhares de mulheres e o derramamento de sangue humano”.

Ignacio considera que esta lei do aborto é “mais atroz” do que as alterações aprovadas nos tempos do Governo socialista liderado por José Luis Rodríguez Zapatero – o aborto, que em Espanha já tinha sido descriminalizado em 1985, foi legalizado em 2010, sob o Governo de Zapatero.

O presidente das associações espera que, um dia, haja uma reversão na lei do aborto em Espanha: ”Estou confiante de que um dia, talvez dentro de 10 ou 20 anos (ou 50 como nos EUA), podemos reverter esta lei que permite a morte de milhões de seres humanos indefesos na Espanha e as consequências físicas e psicológicas de milhões de mulheres”.

ZAP //

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