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Partidos alertam que demora no leilão do 5G está a atrasar a rede de alta velocidade em Portugal

O leilão para a quinta geração de comunicações móveis (5G) dura há quase 200 dias e está a atrasar a implementação da rede de alta velocidade em Portugal.

Neste sentido, os partidos, tanto à esquerda como à direita, mostram-se preocupados pois a demora no leilão está a atrasar implementação da rede de alta velocidade em Portugal.

Depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter referido que o modelo de leilão para o 5G “inventado pela Anacom” é o “pior possível”, razão pela qual está a provocar um “atraso imenso” ao desenvolvimento da rede em Portugal, o BE e PCP também fazem duras críticas e apontam responsabilidade às operadoras privadas, escreve o Jornal de Negócios.

Os comunistas consideram que “o atraso do leilão é principalmente da responsabilidade das operadoras privadas que estão a usar uma fragilidade do regulamento para fazer arrastar o leilão até conseguirem impor os seus objetivos: pagar menos, ter ainda maiores retornos”.

“O que está a atrasar o desenvolvimento tecnológico é o facto do Estado português se colocar à mercê dos grupos económicos dispostos a tudo para garantir o aumento dos seus lucros, em vez de prosseguir uma política soberana que desencadeie e opere uma mudança estratégica no desenvolvimento do sector das telecomunicações”, refere ao Jornal de Negócios fonte oficial do PCP.

o BE não quis comentar o assunto, quando contactado pelo mesmo jornal. Ainda assim, o partido tem alertado que “o 5G deverá trazer problemas acrescidos, tanto ao nível dos preços rentistas já aplicados, como de cobertura insuficiente da rede a todo o território nacional”.

À direita, o PSD lembra que, com o atraso no leilão, Portugal e a Lituânia são os únicos países da União Europeia (UE) que ainda não têm rede de alta velocidade e alerta que esse atraso pode comprometer a transição digital prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Paulo Rangel, eurodeputado e candidato à liderança do PSD, destaca que a demora no leilão do 5G deixou o país num “compasso de espera” e “na cauda da Europa da digitalização”.

Por sua vez, o deputado do CDS-PP João Almeida afirma que “o regulador está a criar dificuldades ao setor que regula e à economia” com este modelo de leilão, para o qual também sugeriu alterações para que fossem criados incentivos para os operadores investirem no interior.

Assim, defende que é preciso “pôr fim ao leilão e acabar com este arrastar de situação, para se poder passar à fase seguinte com a atribuição das licenças”.

ZAP //

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