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“Não podemos desvalorizar a democracia”. No dia mais negro da pandemia, Marisa apela ao voto

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Tiago Petinga / Lusa

A candidata pelo Bloco de Esquerda à Presidência da República, Marisa Matias, na cerimónia oficial de lançamento da sua candidatura

A candidata do BE encontrou-se, no Porto, com Camila Gouveia, ama reformada e rosto da luta pela integração das amas da Segurança Social na Função Pública. Marisa Matias lembra que esta foi uma das conquistas da geringonça, mas o país precisa de mais, como por exemplo, votar no próximo domingo.

“Está linda”, disseram algumas mulheres, quando avistam Marisa no Porto, onde foi visitar Camila Rodrigues, 68 anos, reformada dois meses antes de ver a profissão, até então de vínculo precário, ser integrada na função pública.

Após mais de uma hora de conversa, na maior parte do tempo longe dos ouvidos dos jornalistas, Marisa Matias lembrou que a conquista das amas da Segurança Social foi “apenas uma das heranças” da geringonça, apontando ainda como legados da anterior governação a recuperação de salários ou a melhoria das pensões.

Em dia de novos recordes negativos de vítimas mortais e infeções de covid-19, o fecho ou não das escolas não fugiu à campanha, questão a que a candidata respondeu sem se comprometer.

“Num momento tão difícil, volto a dizer que devemos seguir as indicações das autoridades de saúde e dos especialistas sem hesitar”, garantiu Marisa, que esta tarde cancelou um encontro com os trabalhadores da Bosch, em Braga, por terem estado em contacto com um colega que testou positivo. “É uma questão e segurança”, diz.

De acordo com o Expresso, Marisa Matias mostra-se preocupada com os níveis de abstenção das eleições de domingo, o que a leva a insistir no apelo ao voto. “Espero que as pessoas vão votar e demonstrem a mesma que se viu no domingo passado”, pede, alertando não ser indiferente “dar voz às pessoas neste período de pandemia”.

“Não podemos desvalorizar a democracia em momento algum”, defende a eurodeputada, para quem sobretudo nos tempos mais difíceis, como o que vivemos, que as pessoas não podem ficar de fora das decisões que contam para o seu futuro”

À insinuação lançada por André Ventura que o Bloco de Esquerda será o instigador das manifestações anti-fascista registadas na campanha do Chega em Coimbra, Marisa Matias alega que “é uma parvoíce de quem está com medo”. A candidata afirma que “inventar e mentir é mau e feio”.

ZAP //

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