“Deixem o nome Putin em paz”

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Alexei Druzhinin / Sputnik / Kremlin / EPA

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

Kremlin não esteve muito atento ao debate entre Trump e Kamala, mas “não gostou nada” de ouvir conversas sobre o presidente da Rússia.

O debate entre Kamala Harris e Donald Trump, com vista às eleições presidenciais dos EUA, abordou o nome do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Trump disse por exemplo que Kamala tinha falhado na manutenção da paz, depois de se ter encontrado com Putin e com Volodymyr Zelenskyy. Mas a vice-presidente negou ter estado com o líder russo: “Eu disse no início deste debate que iríamos ouvir um monte de mentiras. Esta é mais uma”.

Kamala Harris garantiu que, se dependesse de Donald Trump, “Putin estaria agora sentado em Kiev com os olhos postos no resto da Europa, a começar pela Polónia”.

O Kremlin pediu nesta quarta-feira aos dois candidatos presidenciais dos Estados Unidos que deixem em paz o líder russo, Vladimir Putin, que foi várias vezes mencionado durante o debate realizado na terça-feira.

O porta-voz Dmitri Peskov disse que não acompanhou o debate devido à diferença horária, mas ficou impressionado com o facto de ambos terem mencionado a Rússia durante as suas intervenções.

“O nome de Putin é utilizado, digamos, como um dos instrumentos da luta política interna nos Estados Unidos. Não gostamos nada disto. Esperamos que deixem o nome do nosso Presidente em paz“, declarou Peskov, durante a sua conferência de imprensa telefónica diária.

O Kremlin continua distante dos EUA: “A posição é bastante clara. Os Estados Unidos no seu todo, independentemente do partido a que pertencem os candidatos, mantêm uma atitude negativa e hostil em relação ao nosso país”.

No entanto, o porta-voz sublinhou que são os eleitores norte-americanos que devem avaliar os seus candidatos, uma vez que a Rússia tem “os seus próprios problemas”.

Ao mesmo tempo, negou que, como afirmou Trump no debate, um único telefonema resolveria o conflito na Ucrânia.

“Não, um telefonema como este não poderia de forma alguma colocar fim a isto [a guerra na Ucrânia]. Já dissemos em diversas ocasiões que o ponto final seria, em grande parte, quando os Estados Unidos renunciassem à sua política de usar a Ucrânia como material descartável na sua tentativa de reprimir tudo que está relacionado com a Rússia”, disse.

“A renúncia a esta posição pode, em grande medida, colocar um ponto final” ao conflito, indicou Peskov.

ZAP // Lusa

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