Luís Montenegro não quer repetir a diferença registada nas últimas europeias. Rui Moreira não está fechado e é preciso pensar nas autárquicas.
As próximas eleições nacionais em Portugal serão – em princípio – em 2024: as europeias.
O PSD não quer repetir o resultado das europeias anteriores, em 2019: teve menos 11,4% do que o PS, ficando com quase 22% dos votos (pior resultado de sempre), contra os 33% dos socialistas.
Luís Montenegro não quer uma derrota (nem com estes números, nem com outro qualquer). Seria sinal de fraqueza do PSD, mesmo após tanta contestação ao Governo e ao PS, nos últimos meses.
Mas, ao mesmo tempo, a escolha de nomes para as europeias também terá em conta as eleições autárquicas, marcadas para o ano seguinte, 2025.
Por isso, sublinha o jornal Público, Luís Montenegro está confrontado com uma série de decisões difíceis para formar a lista de candidatos ao Parlamento Europeu.
Primeiro, o número 1 do partido, que deve ser anunciado daqui a meio ano. Será Rui Moreira, actual presidente da Câmara Municipal do Porto? Não é certo. Paulo Rangel, Paulo Cunha e Margarida Balseiro Lopes devem entrar na lista.
Além disso – e provavelmente a questão essencial – não quer colocar já em cena pessoas que serão candidatas fortes nas autárquicas, daqui a dois anos.
Neste ponto entra José Manuel Fernandes, chefe da delegação do PSD em Bruxelas, que deve ser candidato do PSD em Braga (Ricardo Rio vai sair), nas autárquicas.
O problema é que José Manuel Fernandes é visto como possível nome forte para a sucessão de Ricardo Rio, mas também é aplaudido em Bruxelas.
Depois, convém encaixar nessa lista os representantes das regiões autónomas – que costumam ter representantes em lugar elegível, algo que deixa Montenegro com menor margem para as suas escolhas.
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, já avisou Montenegro: não quer que se repita o que aconteceu em 2019, quando os Açores ficaram sem eurodeputado após desentendimento com Rui Rio, líder do PSD na altura.
E as eleições nos Açores serão poucos meses depois das europeias. Não colocar um representante açoriano na lista para Bruxelas seria mau para o PSD, no dia do acto eleitoral local.
O problema de Portugal é, resumidamente, o seguinte:
– O PS é aquilo que já todos vimos. Depois do 44 a maioria manteve-se em funções e os resultados estão à vista de todos. Corrupção, esquemas, irresponsabilidade, etc. Há de tudo um pouco.
– O PSD com este Montenegro não irá a lado nenhum. Para além de ser um Zéquinha, tem para explicar o episódio da sua casa.
– O CHEGA é aquilo que todos sabemos. Demagogia pura e dura, um bando de artistas digno de um circo. Vai subir, e muito, nas próximas eleições. Não resolve problema nenhum mas é a única forma que o povo encontra para mandar passear os políticos.
– IL, provavelmente serão os únicos com uma proposta interessante. PAGAR O MÍNIMO POSSÍVEL DE IMPOSTOS. REDUZIR O ESTADO AO SEU ESSENCIAL. Gosto da ideia. Menos dinheiro, menos negociatas. Fica tudo mais à vista. É mais difícil esconder.
– BLOCO – Um grupo de histéricas numa qualquer crise existencial. Se fossem governo o país fechava no dia seguinte.
– PAN – Os animaizinhos agradecem.
– LIVRE – Aparentemente é tudo menos livre. Querem ser muleta do PS, mas o PS, para fazer o que quer fazer, não pode ter muletas.
– PCP. Nem vale a pena perder tempo com estes gajos.
Apoiado !! É a principal razão de Portugal não sair da pobreza.
Um «show» de mediocridades.