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Deborah deu à luz uma menina após um transplante de útero (doado pela própria mãe)

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França registou o primeiro nascimento após um transplante de útero, anunciou esta quarta-feira o hospital Fosh, nos arredores de Paris. A mãe nasceu sem útero devido a uma doença rara, mas recebeu um transplante do órgão.

A mulher, identificada apenas como Deborah, recebeu o transplante de útero, doado pela sua mãe, em 2019, e deu à luz uma menina com 1,845 kg, que nasceu na passada sexta-feira, dia 12 de fevereiro.

“Tanto a mãe como a criança estão bem”, disse Jean-Marc Ayoubi, chefe de ginecologia, obstetrícia e medicina reprodutiva do hospital, à AFP.

A mãe nasceu sem útero devido a uma doença rara conhecida como Síndrome de Rokitansky, que afeta cerca de uma em 4.500 mulheres.

A mulher de 36 anos recebeu um transplante de útero em março de 2019, uma intervenção realizada pela mesma equipa que a seguiu no parto. O útero foi doado pela própria mãe, avó do bebé, que na altura tinha 57 anos.

“Esperamos cerca de um ano para ter certeza de que o útero transplantado não seria rejeitado”, explicou Ayoubi. Deborah estava grávida de 33 semanas quando deu à luz e o parto correu sem complicações.

De acordo com o Raw Story, o primeiro nascimento após um transplante de útero aconteceu na Suécia, em 2014, e, em 2017, nasceu no Brasil uma bebé cuja mãe tinha recebido um transplante de útero de uma doadora falecida.

Aconteceram cerca de 20 nascimentos após um transplante de útero em todo o mundo. Estes casos oferecem esperança para mulheres que sofrem de problemas reprodutivos semelhantes, em alternativa à adoção ou barriga de aluguer.

Liliana Malainho, ZAP //

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