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De tanto beber, James Bond seria impotente

foto: WatchMojo.com / YouTube

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“Vodka martini, batido, não mexido” é uma das falas mais conhecidas do agente secreto James Bond, imortalizado no cinema por Sean Connery, Roger Moore, Daniel Craig e outros famosos actores.

A conhecida afeição ao álcool do personagem de vários livros do autor britânico Ian Fleming foi estudada por alguns médicos que concluíram que, se fosse de carne e osso, James Bond provavelmente seria impotente e estaria à beira da morte, indica a BBC.

Os especialistas leram os 14 romances de Bond durante o seu tempo livre, focando-se no consumo de bebidas alcoólicas e observaram que a personagem bebia o equivalente a uma garrafa e meia de vinho todos dias.

Nos 88 dias vividos nos 14 livros, excluindo aqueles em que Bond esteve na prisão, num hospital ou em reabilitação, o espião ingeriu 1.150 unidades de álcool.

O que equivale a 92 unidades por semana – cerca de cinco vodkas martinis por dia e quatro vezes a dose máxima recomendada para homens no Reino Unido.

O relatório dos médicos, publicado numa edição comemorativa do British Medical Journal, concluiu: “Apesar de entendermos as pressões sociais para que se consuma álcool quando se lida com terroristas internacionais, aconselhamos que Bond faça uma reavaliação mais profunda da sua ingestão de álcool.”

imagem: BMJ

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Patrick Davies, consultor em terapia pediátrica intensiva nos Hospitais da Universidade de Nottingham, disse à BBC que “não gostaria que esta pessoa desarmasse uma bomba nuclear.

“Ele é uma pessoa com muito glamour, sai com todas as mulheres e isso é totalmente incompatível com o estilo de vida de um alcoólico, coisa que ele é.”

Davies afirma que Bond seria classificado no mais alto nível dos alcoólicos e estaria sob alto risco de danos no fígado, morte precoce e impotência.

Da Rússia com vodka

Bond tinha também o hábito – altamente condenável – de beber e depois conduzir. No livro “Casino Royale”, o agente parte para uma perseguição de carro a alta velocidade depois de ter consumido 39 unidades de álcool, bate e passa duas semanas num hospital.

Na sua maior bebedeira, Bond ingeriu 50 unidades de álcool em apenas num dia, em “From Russia With Love“. E em todos os livros o agente apenas fica 13 dias sem beber.

Os hábitos de consumo de James Bond pioram com a idade tendo começado a beber muito no filme Casino Royale (1953), embora aparentemente tenha começado a equilibrar a sua vida em Goldfinger(1959).

No entanto, o seu consumo começa a subir novamente e chega ao pico das 132 unidades por semana em A Morte no Japão (1964, adaptado para o cinema sob o nome de Com 007 Só Se Vive Duas Vezes).

Os investigadores afirmam que este comportamento pode ser uma resposta à morte da sua esposa no ano anterior, em Ao Serviço de Sua Majestade.

Para os médicos, que deixaram claro que suas observações não vieram de um estudo científico mas apenas de anotações recolhidas depois das suas leituras nas horas vagas, “as capacidades de Bond mostradas nos livros são inconsistentes com o funcionamento físico, mental e sexual esperado de alguém que bebe esta quantidade de álcool”.

O consumo excessivo de álcool causa 2,5 milhões de mortes todos os anos no mundo.

ZAP / BBC

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