Dança das cadeiras vai continuar. Governo mexe nas chefias de 15 entidades públicas

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Filipe Amorim / Lusa

O primeiro-ministro, Luís Montenegro

Já houve 15 mudanças nas lideranças de entidades públicas desde que o novo Governo tomou posse e estão previstas mais 6 alterações em novembro.

Desde que assumiu o poder a 2 de abril, o Governo da AD já substituiu ou está prestes a substituir as lideranças de 15 entidades e empresas públicas.

A primeira grande mudança foi logo 23 de abril, quando o a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) bateu com a porta. A decisão surgiu após pressão do Ministério da Saúde para um relatório detalhado sobre o estado atual das mudanças no SNS. O Governo nomeou o Tenente-Coronel Médico António Gandra d’Almeida para substituir Fernando Araújo.

Ainda em abril, o Governo também exonerou Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, mediante as revelações sobre o buraco financeiro. Esta decisão levou à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que terá início após as férias parlamentares. Paulo Sousa foi o escolhido para substituir a ex-Ministra da Saúde na Santa Casa.

Em maio, José Barros Correia foi substituído na liderança da PSP por Luís Carrilho, e João Dias foi exonerado da presidência da Agência para a Modernização Administrativa (AMA). Este último revelou ao ECO que pretende contestar o seu despedimento em tribunal.

Ainda em maio, houve três saídas voluntárias. José Furtado abandonou as Águas de Portugal, Ana Vasques saiu do Instituto da Segurança Social (ISS) e Isabel Namora da Administração da Justiça.

Em junho, apenas um ano após assumir as funções, toda a administração da Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal foi dissolvida, com Ricardo Arroja a ser escolhido para a liderança.

Dado o fim do mandato do concelho diretivo do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, o ministro Miguel Pinto Luz apontou António Gil Leitão para a liderança. Já no Instituto de Gestão Financeira da Educação, José Manuel Passos apresentou a demissão após 11 anos de liderança, sendo substituído temporariamente por Maria Duarte Nogueira.

Uma das saídas mais polémicas tem sido no INEM, com Luís Meira a demitir-se na sequência do choque com o Governo devido ao contrato para o aluguer de helicópteros, que arrisca ser anulado pelo Tribunal de Contas por ter sido por ajuste direto. Inicialmente, Vítor Almeida iria assumir a chefia do INEM, mas acabou por recuar por também ter divergências com o Governo, tendo depois Sérgio Dias Janeiro acabado por ser o substituto escolhido.

Recentemente o Governo também exonerou a presidente do Instituto Camões e toda a administração do Instituto Português do Desporto e Juventude.

Além das substituições já realizadas, o Governo anunciou a transferência do presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para uma nova estrutura, com Pedro Portugal Gaspar a assumir a liderança. No sábado, a diretora-geral da Administração Escolar, Susana Castanheira Lopes, foi também exonerada.

Com a primeira fase da reforma do Estado prevista para novembro, espera-se que mais seis dirigentes de entidades públicas sejam substituídos.

ZAP //

5 Comments

  1. É natural … contudo por vezes substituem-se pessoas competentes porque apenas vestem uma camisola com côr diferente. É na Politica e em empresas quando os directores são substituídos. Mas, o PS tem muitos lobbys e é o partido onde há mais Corrupção.

  2. Nos tempos que correm, ter cartão do PS é praticamente um atestado de incompetência. Desde que as pessoas escolhidas o sejam pela sua competencia é compreensível.

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