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Custos políticos da eletricidade sobem quase 242 milhões de euros em 2020

Os custos políticos da energia, que são suportados pelos consumidores e subsidiam a energia das Regiões Autónomas e pagam rendas a produtores de energias renováveis, vão voltar a subir no próximo ano.

Os custos políticos da eletricidade vão voltar a subir em 2020, depois de um período de contenção entre 2015 e 2019, avança o Correio da Manhã.

No próximo ano, estes custos que subsidiam a eletricidade das ilhas e pagam rendas a produtores de renováveis sobem quase 242 milhões de euros, atingindo um total de 1,4 mil milhões de euros, revela a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O alerta para o aumento destas rendas é também dado pelo Conselho Tarifário, órgão que reúne representantes dos comercializadores e dos consumidores de energia.

No seu parecer sobre as tarifas para 2020, este órgão reitera “que deve ser assumida uma política sustentada e estável com vista à progressiva redução daqueles custos”. No próximo ano, as tarifas do emrcado regulado vão descer (em parte devido à redução da dívida tarifária), mas o certo é que se estas rendas fossem menores, os consumidores pagariam ainda menos, refere.

De acordo com a ERSE, a compra de eletricidade produzida pelas energias renováveis é a componente que mais pesa no agravamento destes custos. Esta entidade prevê um custo desta componente – tecnicamente denominada como ‘sobrecusto da PRE’ – de 866 milhões de euros no próximo ano, mais 222 milhões face às tarifas de 2019.

Além disso, o agravamento destas despesas resultantes de decisões políticas em 2020 deve-se também ao “facto de as medidas mitigadoras para redução dos CIEG serem nas atuais tarifas substancialmente inferiores (menos 250 milhões de euros) ao valor considerado o ano passado”, explica a ERSE.

ZAP //

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