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Cuba já tem Internet, mas continua sem acesso a redes sociais

Yamil Lage / APF

Protestos em Havana contra o presidente Miguel Diaz-Canel e pela Democracia em Cuba

Esta quarta-feira, a Internet móvel foi reestabelecida em Cuba, mas continua a ser impossível aceder a redes sociais e a aplicações de mensagens.

A Internet móvel foi restabelecida esta quarta-feira em Cuba, após três dias de interrupção depois das históricas manifestações de domingo, mas continua a ser impossível aceder a redes sociais e a aplicações de mensagens, constataram jornalistas da AFP.

Com 3G ou 4G, o acesso à aplicação WhatsApp ou às redes sociais Facebook ou Twitter, entre outras, estava bloqueado, segundo a agência France-Presse.

“É verdade que não temos Internet móvel, mas também não temos medicamentos“, respondeu na terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodriguez, quando questionado sobre o assunto. “Cuba não vai renunciar ao direito de se defender.”

Rodriguez acusou os Estados Unidos de realizarem uma campanha no Twitter, através da palavra-chave #SOSCuba, para incitar a agitação social na ilha.

Na terça-feira, Washington apelou ao rápido restabelecimento de “todos os meios de comunicação, online e offline”. “O encerramento dos canais de informação (…) não contribui em nada para dar resposta às necessidades e aspirações legítimas do povo cubano”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

As ruas de Havana estavam nesta quarta-feira calmas, mas a presença policial e militar foi reforçada junto ao Capitólio, sede do Parlamento cubano, adiantou um jornalista da AFP.

Na zona onde domingo milhares de cubanos desfilaram aos gritos de “Liberdade”, “Temos fome” e “Abaixo a Ditadura”, estavam estacionados vários camiões da polícia.

Na terça-feira houve novos apelos para manifestações perto do Capitólio. Um homem morreu e mais de uma centena de pessoas foram detidas durante as manifestações de domingo e segunda-feira em Cuba contra o governo comunista, que nega uma “explosão social”.

// Lusa

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