Enviar cartas vai ficar mais caro. Os preços dos serviços postais vão subir a partir do dia 2 de abril e esta atualização corresponde à subida máxima permitida pela Anacom.
Segundo os parâmetros fixados pelo regulador para o período entre 2015 e 2017, que se encontram em vigor ainda este ano, a variação máxima dos preços regulados do cabaz de serviços de correspondências, correio editorial e encomendas que compõem o serviço universal (SU), não pode ir além dos 4,5%.
No entanto, os CTT vão subir os preços a partir do próximo dia 2 de abril, atualização essa que corresponde à subida máxima permitida pela Anacom, ou seja, de 4,5%, em média.
A Anacom fixa este teto para a variação média ponderada de um conjunto de serviços, mas não obriga os CTT a atingir esse limite, sendo que a decisão cabe à empresa.
Este ano, avança o Público, os CTT optaram pela atualização máxima. “Os CTT aplicaram a atualização máxima, sendo a atualização prevista com base na fórmula de price cap (preço máximo) definida pela Anacom”, confirmou a empresa ao jornal.
No cabaz contemplado estão incluídos os serviços como o correio normal, excluindo o correio em quantidade sujeito a preços especiais, o correio registado, o correio editorial/jornais e publicações periódicas, o correio azul ou as encomendas postais até 10kg.
No que diz respeito a outro tipo de serviços postais, como os preços do envio de citações e notificações postais de entidades do Estado, por exemplo, a atualização de preços é da ordem dos 4,1%.
Este aumento das tarifas é superior ao divulgado pelos CTT para 2017, de 2,4%. Quanto ao período de 2019 a 2020, está em curso um processo de revisão dos parâmetros. A Anacom deixa já antever uma maior contenção dos preços, prevendo que os CTT se tornem numa empresa mais eficiente, tendo em conta o plano de poupanças apresentado em dezembro.
A fórmula para a variação de preços deverá também ser alterada. Atualmente, o cálculo baseia-se no valor do índice de preços no consumidor acrescido de 1,6%. Contudo, deverá a passar a ser atualizada em função do valor da inflação deduzido em 1,28%.
Os CTT deverão ainda ser obrigados pela Anacom a cumprir critérios relacionados com uma maior qualidade de serviço, nomeadamente no que diz respeito ao prazo de entrega da correspondência.
Esta subida surge após o encerramento de vários postos dos correios e a saída negociada de 200 trabalhadores, estando prevista a saída de mais 800 nos próximos anos.
A excelente gestão privada!..
A distribuir dividendos superiores a receita, é natural que tenham que aumentar os preços – enquanto a qualidade do serviço é cada vez pior!…
Ora nem mais!… E depois queixam-se que há menos correio a circular… Pudera…