O sentimento de “desalento” faz-se sentir entre os centristas. Há quem queira desafiar a liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, mas, para já, ainda não há um rosto para ir a jogo.
Fonte centrista confirmou ao Expresso que o “desalento” no partido é evidente, apesar de Francisco Rodrigues dos Santos argumentar que, no último ano de liderança de Assunção Cristas, “saíram mais militantes do que no ano e meio” que se seguiu.
Nos bastidores do CDS-PP não tem havido movimentações no sentido de destronar o atual líder, apesar de todos darem como certo que alguém irá a jogo. Para já, ainda não há um rosto.
“Se ficar tudo assim como está, Francisco Rodrigues dos Santos ganha de certeza o congresso”, disse uma fonte centrista ao semanário.
Nuno Melo é quem se está a “mexer mais”. No início do ano, o eurodeputado chegou a dizer que ele próprio não se “excluía” se o congresso fosse em 2022, como está previsto. No entanto, Melo provém de uma ala mais conservadora e há quem não compre a mudança se for nesse sentido.
O Expresso sabe que João Almeida já tem uma decisão fechada, mas ficará em silêncio até outubro.
Já Adolfo Mesquita Nunes fechou a porta a uma segunda investida, depois de ter perdido por pouco no Conselho Nacional em fevereiro. “Se não conseguir ser eleito, não me voltarei a candidatar a líder do CDS”, afirmou numa entrevista ao Público.
Mas “o que se diz em janeiro não se escreve em novembro”, frisou outra fonte do partido.
A Cecília Meireles todos os portistas lhe reconhecem o mérito, mas notam-lhe também o sentimento de “desilusão” que pode não ser reversível.
Parece certo que alguém irá a jogo, mas só depois das eleições autárquicas.