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Crianças com cancro, diabetes ou obesidade entre as prioritárias para a vacinação

Jean-Francois Monier / AFP

As crianças com idades entre os 12 e os 15 anos que tenham cancro ativo, diabetes, obesidade ou insuficiência renal crónica estão entre as que devem ser vacinadas prioritariamente contra a covid-19, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A norma da Campanha de Vacinação Contra a covid-19, atualizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) na terça à noite, determina também como doenças prioritárias para vacinação a transplantação e a imunossupressão.

Segundo a norma, estão ainda incluídas doenças neurológicas, que englobam a paralisia cerebral e distrofias musculares, as perturbações do desenvolvimento, como a Trissomia 21, e perturbações do desenvolvimento intelectual grave e profundo.

A lista de patologias – cuja publicação estava a ser reclamada pelos representantes dos profissionais de saúde – inclui ainda a doença pulmonar crónica, nomeadamente asma grave sob terapêutica corticóide sistémica e fibrose quística, além da insuficiência renal mais grave.

As vacinas podem ser administradas nas crianças desde que esteja presente quem tem a guarda do menor ou a pessoa a quem o menor tenha sido confiado.

“No caso dos adultos com incapacidade para consentir deve obter-se autorização do representante legal”, acrescenta a norma.

Em “situações excecionais e clinicamente fundamentadas” está ainda prevista a possibilidade de vacinar fora destas recomendações, desde que haja uma referenciação do médico, com base “numa avaliação de benefício-risco”, tendo que ser emitida uma declaração médica.

A DGS recomendou na sexta-feira a vacinação prioritária contra a covid-19 de crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades associadas que possam conduzir a uma doença grave ou à morte, esclarecendo mais tarde que os menores sem doenças precisam de prescrição médica para serem vacinados.

Esta semana, a Ordem dos Médicos (OM) contestou a decisão da DGS, considerando que “cria desigualdades” entre as famílias, e reclamou a rápida revisão do parecer.

A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso.

ZAP // Lusa

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