Acompanhando a tendência europeia, a economia portuguesa abrandou no terceiro trimestre. As metas do Governo para o PIB ficaram, assim, mais distantes.
O resultado mais fraco registado no terceiro trimestre deste ano colocou a meta do Governo de crescimento de 2,3% em 2018 num patamar mais difícil de atingir. Segundo o Público, só um forte crescimento trimestral no final do ano poderia salvar o objetivo traçado pelo Executivo.
Segundo a estimativa para os valores do PIB, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, a economia registou no terceiro trimestre um crescimento de 0,3% face ao trimestre imediatamente anterior, o que colocou o crescimento homólogo nos 2,1%.
Estes números referem-se a um abrandamento face à variação em cadeia de 0,6% e variação homóloga de 2,4% que se tinham verificado no segundo trimestre do ano.
O INE ainda não fornece dados para a evolução das componentes do PIB, explicando apenas que o abrandamento do crescimento em cadeia reflete “uma diminuição das exportações de bens e serviços mais intensa que a das importações”, que não foi compensado pelo contributo positivo da procura interna.
A meta definida pelo Governo é de um crescimento de 2,3%, mas essa meta parece cada vez mais difícil de atingir. Segundo os dados do diário, para que tal acontecesse (num cenário em que não haveria revisões de trimestres anteriores), era necessário que o quarto trimestre do ano fosse de forte aceleração da economia. Face ao trimestre imediatamente anterior, a variação do PIB teria de atingir 1% e, em termos homólogos, o resultado a atingir seria de 2,3%, avança o Público.
Caso se concretizasse, a variação de 1% do PIB entre outubro de dezembro constituiria um dos melhores resultados dos últimos 10 anos.