As instituições envolvidas nas negociações com as autoridades gregas acordaram um conjunto de propostas que vai ser apreciado pelo Eurogrupo e que pode constituir a base para se alcançar finalmente um acordo, disse à Lusa fonte comunitária.
De acordo com mesma fonte, as discussões que decorreram ao longo da última madrugada e durante a manhã desta quinta-feira, ao nível técnico mas também entre os líderes das instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), foram “construtivas” e serviram para aproximar as posições das instituições quanto às condicionalidades impostas a Atenas para desbloquear ajuda financeira.
A proposta conjunta das instituições, acrescentou, “incorpora muitos pontos reclamados” por Atenas, mas o Governo grego ainda não concordou com os documentos apresentados, prosseguindo as conversações, que deverão incluir uma contraproposta por parte do executivo liderado por Alexis Tsipras.
BCE injeta mais liquidez pelo quinto dia consecutivo
O Banco Central Europeu (BCE) concedeu hoje, pelo quinto dia útil consecutivo, liquidez adicional aos bancos gregos através de créditos da provisão de liquidez de urgência, informaram fontes próximas do BCE.
“O Banco da Grécia obteve a quantidade que tinha pedido na reunião do conselho de governadores do BCE”, adiantaram as mesmas fontes citadas pela Efe, mas como nos dias anteriores não especificaram o montante.
O conselho de governadores do BCE “reúne-se nas próximas 24 horas, se for necessário”, adiantaram.
Hoje foi o segundo dia consecutivo em se fala de injeção de liquidez sem mencionar o limite dos créditos que os bancos gregos podem pedir ao BCE através do mecanismo de assistência à liquidez (ELA).
Segundo meios locais, o limite do crédito atingiu na terça-feira cerca de 88 mil milhões de euros.
O facto de o limite não ter sido aumentado supõe que se registou um ligeiro retorno de depósitos e a desaceleração das saídas de fundos, que na terça-feira se terão situado entre 100 e 200 milhões de euros, um nível alcançado pela última vez em maio.
Segundo fontes bancárias citadas pela Efe Dow Jones, os problemas de liquidez que afetam a banca grega, que depende exclusivamente dos créditos de emergência do Banco Central Europeu, limitam a margem do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, para conseguir melhores condições no acordo.
As injeções de liquidez do BCE através da ELA foram feitas uma vez por semana até à semana passada sempre com o objetivo de manter uma “almofada” de reservas de cerca de três mil milhões de euros.
O programa de provisão urgente de liquidez permite aos bancos gregos financiar-se de forma excecional a curto prazo através do Banco da Grécia, mas a uma taxa de juro mais elevada do que a atualmente pedida pelo BCE nas operações ordinárias de refinanciamento, de 0,05 %.
Desde que o BCE deixou de aceitar em fevereiro títulos gregos para as operações de refinanciamento, os bancos gregos praticamente só têm acesso a liquidez através da ELA.
Para que o Banco da Grécia possa conceder este financiamento excecional é necessário que os bancos gregos sejam solventes.
A Grécia assume o risco creditício destes empréstimos.
ZAP / Lusa
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