CP só tem dinheiro para pagar salários de abril

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Giacomo Giugiaro / Flickr

A ferroviária portuguesa só tem o pagamento dos salários assegurado até abril, numa altura em que está com uma quebra nas receitas de 95% devido à pandemia de covid-19.

Com uma quebra nas receitas de 95%, ao qual se junta o pagamento de reembolsos aos clientes por viagens não realizadas, a CP está a ficar sem dinheiro.

De acordo com o jornal Público, para poder pagar os salários de março e abril, a empresa foi autorizada pelo Governo a usar o saldo da conta de gerência de 2019, que se situará entre os 20 e os 30 milhões de euros. Para maio, contudo, ainda não há solução à vista.

O diário questionou os ministérios das Infraestruturas e das Finanças sobre qual será a resposta a esta situação, mas não obteve resposta. No entanto, refere que há duas possibilidades: um empréstimo do Tesouro (com pagamento de juros) ou o regresso às indemnizações compensatórias.

Neste segundo caso, escreve o matutino, a empresa ferroviária voltaria àquilo da qual se julgava afastada, quando, no ano passado, assinou um contrato de serviço público com o Estado.

O documento deveria ter entrado em vigor a 1 de janeiro, mas o Tribunal de Contas (TdC) teve algumas dúvidas e devolveu-o à CP. A empresa respondeu às perguntas e remeteu-o ao Ministério das Finanças em fevereiro, onde ainda se encontra, avança o jornal.

Segundo o Público, que cita o relatório e contas da CP de 2018, os custos com pessoal ascendem a 7,5 milhões de euros por mês. As receitas da venda de bilhetes rondam os 21,5 milhões de euros mensais, mas, neste momento, estarão reduzidas a cerca de um milhão de euros.

ZAP //

2 Comments

  1. Vão buscar aos gestores que arruinaram a CP e a quem lhes picavam o ponto e nem sequer se apresentavam ao serviço. Vão buscar aos prémios milionários que receberam em época de crise.

  2. afinal o senhor doutor é completamente misógino e imparcial. Não tem como contornar essa questão. Desde que faço comentários neste espaço que sou “atacada” pelas opiniões que emito, sem as mesmas serem extremas, e isto, quando são publicadas. Um bem-haja a tanta falta de clareza de espírito. Não se veja no obrigação de publicar este post, mas quero somente esclarecer que o último que postei sobre as missas é verdadeiramente o que sinto. Numa altura em que tanto alarmismo se cria a volta do risco de contagio, não cabe na cabeça de ninguém incentivar a reunião de pessoas em qualquer tipo de evento, quer seja cultural, educacional ou de cariz religioso. Pois bem, se entenderam ostracizar-me só porque entenderam que sim que o façam. Parabéns, conseguiram cabeças limitadas. Não posso agradar a gregos e troianos, e sinceramente na tenho paciência para posições de teor político, cultural e religioso extremistas (seja de que vertente for). Ja basta ter visto a minha vida e existência completamente devassada e virada de pernas para o ar. Ena, tanto material que vos estou a dar para aproveitamento político.
    Fica, portanto, ao critério do moderador da Zap publicar ou não este meu comentário, visto que já no passado lhe pedi para ser retirada de argumentações que não me interessavam.

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