“Nem sabia que o meu carro de gasolina podia ter quilowatts”, diz Santos Silva sobre consulta pública de declarações

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Antonio Pedro Santos / Lusa

Augusto Santos Silva

Primeiro-ministro não quer consulta pública das suas declarações de rendimentos. “Usou um direito, não é suspeito por causa disso”.

Ainda o caso Spinumviva e as dúvidas à volta dos clientes e dos movimentos da empresa da família do primeiro-ministro: Luís Montenegro é contra a consulta pública de alguns elementos da sua declaração de rendimentos.

Os pedidos de oposição à consulta pública foram entregues à Entidade para a Transparência. O teor destes requerimentos está sob sigilo. Os requerimentos e o acesso às declarações de Luís Montenegro estão dependentes da apreciação do Tribunal Constitucional.

Augusto Santos Silva lembra que este é um direito do primeiro-ministro. E usar esse direito não transforma Montenegro num suspeito de crime.

“O primeiro-ministro usou uma faculdade da lei que foi recorrer para o Tribunal Constitucional e, portanto, o Tribunal Constitucional certamente decidirá. Não, eu não creio que as pessoas usarem os direitos que têm transformem essas pessoas em suspeitos”, analisou o antigo presidente da Assembleia da República.

“Na minha opinião, o João, por recorrer, não fica diminuído, está a exercer o seu direito, qualquer que seja o João ou a Joana. Se neste caso não é um João, mas é um Luís, tem o mesmo direito que qualquer João”, acrescentou.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma tertúlia do JN, Santos Silva falou do seu caso, misturando carro, gasolina e quilowatts: “Para dar o meu próprio exemplo, eu não fazia a mínima ideia de quais eram os quilowatts do carro, nem sequer sabia que um carro de gasolina podia ter quilowatts“.

Para Santos Silva, este é um exemplo de “coisas desnecessárias que só causam trabalho” mas que são pedidas nestes casos.

“Sou 100% a favor de que as pessoas que estão em lugares públicos apresentem a respectiva declarações de interesses, o registo de interesses e a declaração de rendimentos”, anota no entanto.

ZAP //

7 Comments

  1. É um direito opor-se a uma consulta pública das suas declarações de rendimentos, o Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, usou esse direito e segundo o dr. Augusto Silva «…não é suspeito por causa disso…», então se não é suspeito o Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, nem está envolvido em irregularidades e crimes porquê que está a usar o direito a opor-se a uma consulta pública das suas declarações de rendimentos?
    «…a transparência é uma regra da democracia…» – Francisco Sá Carneiro

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  2. Que burro! Qualquer máquina que gere energia pode ter essa energia em qualquer unidade de energia …. por ser em KWh não implica ser electrico. Que nulidade em cultura geral! É mesmo PS …

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    • Se calhar ele saberá de outras coisas que tu não sabes, o que para ele poderá significar que serás uma nulidade
      Ou serás um génio que tudo sabes?
      Dá que pensar, não?

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      • Não há-de saber nada de nada já que é um Marxista, logo alguém longe da realidade e da Ciência. Um escroque!

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  3. Ester politicos fazem-me lembrar algumas minorias que pensam que só têm direitos e regalias. Deveres ou obrigações é coisa para trouxas.
    Este Augusto Silva com poder é um autêntico Deus na terra.

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  4. Mas, Augusto Santos Silva, porque não te calas! Ditadorzinho de meia-tigela só te enterras mais, o PS não precisa de individuos como tu! Ainda bem que desististe de concorrer a presidente! Viva o PS, viva o 25 de ABRIL!

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