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As “cozinhas fantasma” podem ser o futuro da restauração (e já provaram o seu valor)

Embora o termo “cozinha fantasma” possa evocar imagens de casas assombradas, a realidade é um pouco mais mundana.

As cozinhas fantasma são operações de preparação de comida sem empregados de mesa, sem sala de jantar e sem estacionamento — basicamente, sem presença pública alguma. Mas em aplicações de entrega de comida, elas estão bem vivas.

Uma tendência que está a surgir no estrangeiro é a formação de cozinhas fantasma centrais, com vários restaurantes ou marcas a trabalhar no mesmo espaço físico. Muitas vezes, estão localizados em parques industriais na periferia das cidades, uma vez que não há necessidade de pagar aluguer no centro quando não há clientes a entrar.

Embora seja difícil identificar exatamente quando é que a primeira “cozinha fantasma” abriu, foi a pandemia de covid-19 que acelerou o seu crescimento.

Em março de 2020, a maioria das jurisdições dos EUA forçaram os restaurantes a fechar as salas de jantar para limitar a propagação do coronavírus. Enquanto alguns restaurantes fecharam para nunca mais reabrir, outros optaram por um modelo de entrega ao domicílio ou takeaway com diferentes níveis de sucesso.

Alguns pequenos operadores usaram “cozinhas fantasma” para conseguir uma posição no mercado durante uma época em que abrir um típico restaurante com uma sala de jantar seria impensável.

Enquanto as altas taxas cobradas pelos principais serviços de entrega pudessem ser atenuadas ou incorporadas ao preço, as empresas de entrega de comida a trabalhar neste tipo de cozinha poderiam encontrar uma maneira de ganhar a vida.

Com os clientes a adaptarem-se à tendência de forma rápida e fácil, é provável que as “cozinhas fantasma” venham para ficar.

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