No primeiro dia da Convenção, Cotrim diz que “o voto mais útil é na Iniciativa Liberal”

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Manuel De Almeida / Lusa

João Cotrim de Figueiredo, presidente recandidato da Iniciativa Liberal

O presidente recandidato da Iniciativa Liberal (IL) defendeu este sábado que, seja no poder ou na oposição, o “voto mais útil” é nos liberais.

A VI Convenção Nacional da Iniciativa Liberal começou hoje e decorre até domingo no Centro de Congressos de Lisboa, sob o lema “Preparados”. À chegada, João Cotrim de Figueiredo disse aos jornalistas que hoje é “um dia bom para a justiça portuguesa”, referindo-se à detenção do ex-banqueiro João Rendeiro.

Ao presidente recandidato coube a primeira intervenção no púlpito do Centro de Congressos, tendo sido aplaudido pelos membros presentes.

“Temos que mostrar que estamos preparados para usar a força que os portugueses nos vierem a dar nas urnas para continuar a lutar por um Portugal mais liberal, seja no poder – trazendo exigência, independência, determinação e também energia, frescura, imaginação, coragem àqueles que já a vão perder, o ímpeto reformista àqueles que já o foram perdendo – ou seja na oposição, continuando o escrutínio implacável porque nós não queremos que o PS se torne cada vez mais hegemónico no Estado e no sistema político”, apelou.

Cotrim de Figueiredo garantiu que os liberais não querem nem vão deixar “que o PS governe sem oposição firme”.

“Porque o PS não faz ideia como pôr este país a crescer. O PS não é solução para os problemas do país”, criticou.

Por isso, o mote do presidente recandidato para as eleições legislativas de 30 de janeiro ficou dado: “No poder ou na oposição o voto mais útil é o voto na Iniciativa Liberal”.

“Temos que mostrar que estamos preparados para, já nas eleições de janeiro, traduzir esta força e esta influência que ganhámos em votos nas urnas. Temos que mostrar que estamos preparados para fazer uma grande campanha”, apelou.

Na perspetiva do liberal, as visões que estão em confronto na sociedade são o socialismo e o liberalismo, considerando que essa é a “escolha clara” que está em causa nas eleições antecipadas: “Socialismo de um lado e liberalismo de um outro”.

Cotrim de Figueiredo começou o discurso por uma longa ronda de agradecimentos aos fundadores do partido, aos presidentes que o antecederam, à Comissão Executiva cessante e ao gabinete do partido no parlamento.

O presidente recandidato, que se volta a apresentar em lista única, considerou que o partido “está cada vez mais forte, cada vez maior”, referindo que a IL tem hoje “sete vezes mais membros do que em 2019 e oito vezes mais núcleos”, com sondagens que mostram que os liberais estão a crescer.

Para lá do aumento quantitativo, é a melhoria qualitativa que “enche o coração” de João Cotrim Figueiredo, considerando que o partido “passou a marcar a agenda política”, dando como exemplos a discussão em torno da taxa única do IRS e da TAP, da Carta de Direitos Fundamentais na Era Digital, que foi enviada para fiscalização ao Tribunal Constitucional pelo Presidente da República, a revogação do cartão do adepto ou a mais recente polémica sobre o “secretismo dos pareceres” da vacinação de crianças contra a covid-19.

O deputado único fez ainda o balanço do “muito trabalho no Parlamento”, com a sua presença em 100% dos plenários, com 366 intervenções, para além de ter integrado três comissões parlamentares, nas quais fez 250 intervenções ao longo da legislatura de estreia, que foi agora interrompida com a dissolução.

Cotrim de Figueiredo referiu que apesar de terem sido “dois anos incríveis”, cometeu erros e falhas que reconhece e que se compromete a corrigir.

Este sábado, os membros da IL aprovaram também um aditamento aos estatutos do partido, relativos a questões de disciplina interna, respondendo a um pedido feito pelo Tribunal Constitucional (TC).

Estes quatro novos pontos, aprovados por larga maioria, já constavam do Regulamento Disciplinar do partido, mas não estavam incluídos nos estatutos, tendo sido agora adicionados, dando cumprimento ao requerido pelo TC.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. “lutar por um Portugal mais liberal”
    Ainda mais liberal?! Tem corrido tão bem…
    Este deve andar mesmo muito distraído…
    Alguém o devia lembrar o que aconteceu ais CTT depois da privatização e que os correios americanos (USPS) são públicos!!
    Etc, etc, etc…

  2. Que grande conclusão a que esta “cabeça” chegou!!!
    Sim, senhor. Estou admirado como é que esta frase pode ser notícia nos nossos dias.
    Se perguntarem ao Major Tomé, o voto mais útil continua a ser na UDP. Mai’nada!!!

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