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“Costa quer encontrar um sucessor que seja qualquer um menos Pedro Nuno Santos”

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Mário Cruz / Lusa

Luís Marques Mendes

No comentário semanal deste domingo, Luís Marques Mendes centrou a sua análise no 23.º Congresso Nacional do PS, que se realizou neste fim-de-semana em Portimão, no Algarve.

No seguimento do Congresso socialista, Marques Mendes destacou a questão da sucessão de António Costa, atual secretário-geral do partido.

A seu ver, no Congresso, “ninguém queria discutir a sucessão. Mas colocaram no palco do Congresso uma bancada com os quatro potenciais sucessores de António Costa”.

Para Marques Mendes, Pedro Nuno Santos, atual Ministro das Infraestruturas, há muito é tido como candidato à sucessão de António Costa, sendo que de vez em quando juntam-se mais nomes.

“Foi Fernando Medina primeiro, depois Ana Catarina Mendes, a seguir Mariana Vieira da Silva e este fim de semana o primeiro-ministro lançou o nome de Marta Temido”, destacou.

Assim, o comentador considera que esta atitude de Costa parece representar uma “armadilha” para o Ministro das Infraestruturas.

“A verdade é que, goste-se ou não se goste de Pedro Nuno Santos, tudo isto, visto de fora, em termos analíticos, parece uma coligação negativa contra o ministro. Fica a ideia de António Costa anda à procura de um adversário. António Costa quer encontrar um sucessor que seja qualquer um menos Pedro Nuno Santos”, frisa.

Por outro lado, o antigo líder do PSD realçou que Costa “deve estar arrependido ou vai arrepender-se” da forma como criou um tabu na entrevista publicada na semana passada pelo Expresso, pois não deixou claro se irá procurar manter-se à frente do PS e liderar os socialistas nas próximas eleições legislativas em 2023.

Um outro ponto a destacar no âmbito do Congresso socialista, refere Marques Mendes, foi o discurso e à adesão de Marta Temido ao PS, já que a ministra da Saúde “teve uma estreia em grande”, em sintonia com a sua imagem junto dos portugueses.

Durante o seu comentário, Marques Mendes abriu ainda espaço para tecer críticas ao Executivo de António Costa, acusando-o de deixar Portugal numa “situação anómala, insólita, inédita, irregular e ilegal” por nos últimos dois anos nunca ter elaborado os decretos-lei de execução orçamental que é legalmente obrigatório a aprovar, no prazo de 20 dias úteis após a entrada em vigor do Orçamento do Estado.

Relativamente às autárquicas, que se realizam a 26 de setembro, Marques Mendes relembra que o PS continua a ser o partido com mais força a nível local – “o PS tem grande vantagem”.

Ainda assim, Mendes refere que os sociais-democratas levam consigo a vantagem de recuperar três ou quatro Câmaras e de reduzir a diferença para o partido líder.

O comentador político frisou ainda que será mesmo a tempo das eleições – se tudo correr como previsto – que Portugal atingirá a percentagem de vacinados de 85%, a meta da Task Force para o país atingir a imunidade de grupo.

Ana Isabel Moura, ZAP //

 

12 Comments

  1. As pessoas pelam-se por estes mexericos…
    E, estranhamente, Costa e o PS também embarcaram na política-espetáculo.
    Aquela entrega de cartãozinho PS do PM à ministra da Saúde, num momento nobre do congresso, é absolutamente extraordinária. Nenhum se enxerga e vê o sentido do ridículo?
    Já agora, Marta Temido para PM? Não estava cansada e para sair ainda há pouco tempo?
    Bem, o que hoje é verdade ontem era mentira. Siga a rusga!

  2. Percebe-se que Marques Mendes queira qualquer um – ou uma – na presidência do PS, menos Pedro Nuno Santos. Mas atribuir esse sentimento a António Costa é pura propaganda…

  3. Grande fantochada de um enorme fanfarrão.
    Francisco de Assis que o conhece bem demais, aquando da punhalada ao José Seguro, afirmou há dias que Costa está agarrado ao poder e ninguém espere que ele saia em 2023.
    A menos que o chamem de Bruxelas, o que é muito improvável.
    Aquilo está cheio de tugas incompetentes a começar no Guterres e no Constâncio.

  4. Penso que Marta Temido encaixará bem no perfil do Costa e que parte do povo aprecia, arrogância e muita propaganda à mistura, vejo-a um pouco reguila talvez capaz de assumir o cargo.

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