Costa “é refém do povo que o elegeu e dos compromissos que assumiu”

Tiago Petinga / Lusa

Depois dos avisos de Marcelo Rebelo de Sousa, na tomada de posse do novo Governo, Carlos César manifestou-se no Facebook sobre a eventual saída de António Costa antes do fim da legislatura.

O presidente do PS, Carlos César, não deixou o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa passar em branco. Na tomada de posse do Governo, esta quarta-feira, o Presidente lembrou António Costa que “não será politicamente fácil” sair a meio do mandato, e César fez uma publicação no Facebook a comentar o recado.

Na ótica do socialista, “António Costa esteve muito bem no discurso de posse”.

“O Primeiro-Ministro, como em qualquer democracia e na sequência da renovação expressiva da legitimidade eleitoral do PS, é refém do povo que o elegeu e dos compromissos que assumiu e que serão reafirmados no Programa do Governo que será submetido ao órgão de soberania a quem incumbe a fiscalização política da atividade governativa – a Assembleia da República”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa prometeu ir “vigiando distrações e adiamentos quanto ao essencial, autocontemplações, deslumbramentos” do Executivo, mas César responde, assim, que os compromissos de Costa têm “fiscalização política” em lugar próprio.

Apesar de não ter desfeito o tabu sobre se o atual primeiro-ministro irá levar o seu mandato até ao fim, Carlos César assumiu que Costa está “amarrado” ao resultado eleitoral que deu a maioria absoluta ao PS, destaca a Renascença.

E se, por um lado, Costa esteve “muito bem no discurso de posse”, o de Marcelo foi “expectável”. “O Presidente da República fez um discurso que, no que mais se exigia e adequava ao momento que se vive nos planos nacional e internacional e de viragem de página da governação, era espectável.”

“Diagnosticou e interpretou, nesse sentido, bem as preocupações maiores face às consequência das crises pandémica e da guerra, que ainda perduram, enfatizando a necessidade do reformismo que se impõe em vários domínios fundamentais para a sustentabilidade futura”, analisou.

ZAP //

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