O Ministério Público está a investigar um corte no selo de uma das caixas com provas que foram apreendidas na “Operação Influencer”, o caso que levou à demissão do anterior primeiro-ministro António Costa.
Está em causa material recolhido na sociedade de advogados Morais Leitão, nomeadamente documentos pertencentes ao advogado João Tiago Silveira que coordenava o grupo de trabalho do Governo responsável pelo ‘simplex’ administrativo.
O selo nas caixas de provas dos processos judiciais visa garantir a inviolabilidade das mesmas. Mas o da caixa em causa terá sido cortado antes de chegar às mãos do juiz de instrução criminal, conforme adianta o Público.
O Ministério Público (MP) já abriu um inquérito para investigar se estaremos, ou não, perante um crime, confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Público.
Duas caixas com provas da “Operação Influencer” que levou à queda de António Costa, terão sido abertas em circunstâncias “acidentais” devido a “uma deficiente rotulagem”, como nota ainda a PGR.
No caso da caixa sob suspeita, estava “parcialmente aberta, com o selo removido da respectiva área de fecho”, acrescenta a PGR citada pelo Público.
Quando a situação foi detectada, foi “determinada a imediata preservação de tudo como se encontrava, e o acondicionamento da própria caixa com o conteúdo, no exacto estado em que se encontravam, dentro de uma outra, a qual foi selada e etiquetada na presença de magistrado, para apresentação ao juiz de instrução criminal”, refere ainda a Procuradoria.
Apesar do corte no selo, o MP acredita que as provas da “Operação Influencer” não estão em causa. A PGR salienta que “não foi retirado qualquer documento ou suporte acondicionado” no interior da caixa.
As suspeitas da “Operação Influencer” em torno de João Tiago Silveira que é sócio da Morais Leitão, envolvem uma alegada tentativa de incluir no “simplex industrial” uma norma para favorecer a Start Campus.
Essa norma terá sido pedida pelo colega de escritório Rui Oliveira Neves que, na altura dos factos investigados, era administrador da Start Campus, empresa responsável por um megaprojecto para um centro de armazenamento de dados em Sines.
Ok, estamos mais descansados. O material mais comprometedor já foi “posto em lugar seguro”…
Algum xuxa fez assalto à papelada. Será que conseguiu o que queria?