Vem aí um corte de 17% nas pensões antecipadas. Idade da reforma volta a subir

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As pensões antecipadas sofrerão um corte devido ao fator de sustentabilidade. A idade mínima para reforma vai ainda atingir um novo recorde de 66 anos e nove meses.

Os pensionistas que optarem pela reforma antecipada vão enfrentar um corte de 16,9% devido ao fator de sustentabilidade, segundo os dados confirmados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor confirma as previsões avançadas em novembro e acompanha o aumento progressivo da idade da reforma, que em 2026 atingirá o recorde de 66 anos e nove meses.

O fator de sustentabilidade, que penaliza as reformas antecipadas, aplica-se a quem se aposenta sem ter completado 40 anos de contribuições aos 60 anos, além de abranger as pensões por desemprego de longa duração. Apenas as longas carreiras contributivas ficam isentas desta penalização, explica o Negócios.

Atualmente, a idade da reforma está fixada em 66 anos e sete meses para 2024, mas subirá dois meses em 2026, acompanhando a recuperação da esperança média de vida em Portugal, após a queda registada durante a pandemia. O INE explica que a esperança média de vida aos 65 anos, usada no cálculo da idade da reforma, aumentou no triénio 2022-2024, fixando-se em 20,02 anos para o total da população. Para os homens, é de 18,30 anos e, para as mulheres, de 21,35 anos.

Em comparação com o triénio anterior, houve um acréscimo de 0,27 anos (cerca de três meses) para o conjunto da população, mais 0,30 anos (3,6 meses) para os homens e 0,24 anos (2,9 meses) para as mulheres. Estes aumentos refletem a recuperação demográfica após o impacto da covid-19, que tinha reduzido a esperança de vida.

A esperança de vida à nascença também registou uma ligeira recuperação. O INE estima que subiu para 81,17 anos, o que representa um acréscimo de 0,21 anos (cerca de dois meses e meio) face ao triénio anterior. No entanto, continua abaixo dos níveis registados antes da pandemia, em 2018-2020, quando se situava em 81,22 anos. O instituto sublinha que esta diferença se deve sobretudo ao aumento de óbitos durante a pandemia.

ZAP //

12 Comments

  1. É anormalidade e uma estupidez a idade estabelecida para a reforma em Portugal que deveria ser aos 60 anos e não aos 66 anos, não existe nenhuma justificação, nenhuma razão válida, para que o trabalhador Português se reforme aos 66 anos, para além disso é contraproducente manter um trabalhador a desempenhar funções até essa idade seja no Estado ou nas empresas privadas, bloqueia a entrada de novos trabalhadores na Função Pública como também nas empresas privadas, e impede a renovação do tecido laboral do País.
    Noutro contexto (o da notícia), como é que pode vir «…um corte de 17% nas pensões antecipadas…» e a «…Idade da reforma volta a subir…»? O regime está a deslocar grandes quantidades de Estrangeiros para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação alegando que vão ser os Estrangeiros a pagar as reformas dos Portugueses, se é assim, como é que vai haver ou porquê que vai haver um corte nas pensões antecipadas e aumento da idade da reforma?

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    • Porque tudo são desculpas para cortar as pensões. Num governo de direita o único movimento possível é este. Este ano houve um superávit de 6 ou 7 mil milhões na seg social e mesmo assim os direitolas vão cortar regalias e aumentar a idade da reforma. Podem ser muito virados para gestão eficiente de empresas mas um país é outra coisa. Devíamos ser muito mais como os franceses, aí vão mexer na idade da reforma é logo tudo a arder nas ruas.

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  2. Oh Zé, tanto faz Direitolas, Esquerdolas ou Centrolas o resutado neste País é sempre o mesmo, cortes nos beneficios, aumento e criação de novos impostos, aumento da idade da reforma e quem está no poder e os seus apaniguados lá vai metendo uns milhõezitos no bolso……enfim, a democracia é isto: ora agora roubo eu, ora agora roubas tu.

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    • Não diga mal da nossa democracia senão chamam-lhe fascista… e ninguém quer que isso aconteça. Temos que ser todos uns grandes democratas e aceitar que uns ( os políticos, amigos e familiares, principalmente ) são ainda mais democratas que os outros e já “fizeram” muito pelo nosso país.

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  3. Não podemos aceitar… Os decisores políticos também terão de perceber que este prolongar da idade da reforma tem o reverso de adiar o acesso de muitos jovens ao primeiro emprego.

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  4. Muito bem feito, continuem a votar na direita e no centro inclinado para a direita, isto é só o começo. Abram os olhos carneirada estúpida.

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  5. façam as contas ao que descontaram para a segurança social durante a carreira contributiva, que parte foi alocada ao SNS, o que sobrou para a capitalização da reforma, o nº médio de anos de vida expectável após a reforma e vejam que reforma poderiam ter se se reformassem aos 60 anos. E não esqueçam que depois de se reformarem vão precisar de cada vez mais utilizarem cada vez mais os serviços do SNS e consumirem mais medicamentos comparticipados, mas na reforma deixaram de fazer descontos para a seg social.do SNS
    E se temos cada vez mais imigrantes é porque não temos jovens para trabalhar, se nos quisermos reformar mais cedo teremos cada vez mais imigrantes com as consequências à vista na habitação e SNS…
    Portanto, não sejam demagógicos e populistas.

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    • Trabalhos de me#da, informe-se. Vive num sistema fundamentalista onde “Deus é o dinheiro e a liturgia o trabalho”. Artigo interessante de Helena Oliveira, “Amanhã é dia de trabalho ou porque razão há cada vez mais pessoas a não gostar do trabalho que fazem”, pode também consultar estudos recentes que comprovam as afirmações de Graeber relativamente à natureza de uma percentagem significativa dos empregos, os também denominados empregos da treta, “Bullshit jobs”.

    • Mas enquanto nos fartamos de trabalhar há pessoas que não trabalham, não querem trabalhar e nunca irão trabalhar e ganham subsídios chorudos para não fazer nada e no final ainda terão direito a uma reforma mínima, enquanto muitos de nós acordamos cedo, fazemos turnos e no final ganhamos uma reforma de miséria.
      Alem disso, já repararam que trabalhamos até bastante tarde por causa do aumento da esperança média de vida, mas o que é certo é que a grande maioria das pessoas que realmente trabalharam arduamente morre passado pouco tempo após o seu dever cumprido, sem poder usufruir o merecido descanso.
      Enquanto quem nunca produziu para o bem estar do nosso país consegue ( esses sim ) atingir uma idade mais longínqua devido á boa vida que tiveram. INJUSTO

      • “Considerando apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 43,3% da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2021. Os rendimentos provenientes de pensões de reforma e sobrevivência contribuíram, em 2021, para um decréscimo de 21,8 p.p. no risco de pobreza, resultando assim numa taxa de risco de pobreza após pensões e antes de transferências sociais de 21,5%. As transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social contribuíram para a redução do risco de pobreza em 5,1 p.p. (de 21,5% para 16,4%), sendo este contributo superior ao registado no ano anterior (4,6 p.p.)”

        Aconselho a leitura do artigo: “Subsidiodependência” entrou para o léxico político. Mas existe mesmo?”, publicado a 24 Jan 2024 no Diário de Notícias.

    • Este comentário deve ser de alguém que não sabe o que é trabalhar numa empresa de produção onde se trabalha duro oito horas por dia durante cinco dias por semana e ganhar pouco mais que o salário mínimo trabalhadores que trabalham quarenta anos a descontar para s.s. ao fim de quarenta anos estam completamente desgastadod e cansado tem mais que direito de se aposentarem esses 66anos deviam ser para os funcionários públicos pois grande parte desses pessoas não sabem o que é trabalhar eu bem me apercebo da lentidão é nos centros de saúde é nos bancos é nas finanças etc estam todos muito cansados da malandragem pois não tem quem os controle é de vagar devagarinho têm todo tempo do mundo quem quiser que espere esses ainda gozom com quem trabalha de verdade teria muito mais para dizer mas fico me por aqui só mais uma coisinha o mundo poderia ser bem diferente se houvesse um pouco mais de humanismo

  6. Como é possível continuarem a aumentar a idade de reforma, criarem cortes e mais cortes nas pensões de saídas antecipadas, se no privado os colaboradores são “convidados” a anteciparem as saidas para reforma antecipada porque querem baixar rácios e recrutar “novos talentos”?? Não faz sentido!
    Por este andar, nunca mais acaba a subsidiodepencia. Se os vencimentos em Portugal são baixos, as reformas com tantos cortes serão de miséria. Depois aí vem o subsídio para colmatar a miséria e a dependência às esmolas estatais. Uma vergonha…

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