A Coreia do Norte mantém, pelo menos, 13 bases não declaradas que ocultam mísseis de capacidade nuclear, de acordo com um novo estudo norte-americano publicado esta segunda-feira. A revelação gera dúvidas sobre o acordo de desnuclearização entre Donald Trump e Kim Jong-un.
De acordo com os investigadores do Center for Strategic and International Studies (CSIS), em Washington, foram localizadas 13 bases operacionais de mísseis não declaradas pelo Governo norte-coreano. No entanto, está em cima da mesa a possibilidade de o número ascender até 20.
Para chegar a esta conclusão, a da existência de bases rudimentares de de armazenamento de mísseis balísticos com capacidade nuclear, o grupo apoiou-se em fontes de serviços de informações de vários países, declarações de desertores norte-coreanos, informação pública e imagens de satélite.
“Não parece que estas bases estejam congeladas, ou seja, não pararam”, disse ao The New York Times Victor Cha, que dirige o programa da Coreia do Norte do CSIS. As bases, que continuaram a funcionar, encontram-se em instalações subterrâneas, dotadas de túneis, em vales montanhosos e estreitos, e estão espalhadas por todo o país.
“Todos receiam que Donald Trump aceite um mau acordo. Os norte-coreanos dão-nos um único local de testes, desmantelam alguns locais e em, em troca, obtêm um acordo de paz”, afirmou receoso Victor Cha.
As bases são rudimentares e dissimuladas pelo Exército norte-coreano, que desenvolveu, ao longo das décadas, técnicas de camuflagens para evitar ataques aéreos.
No relatório, o CSIS revelou a existência de um local secreto em uma região montanhosa, a menos de 150 quilómetros de Seul, apoiado em imagens obtidas por satélite. Este centro de reflexão especificou que o local, Sakkanmol, é, como os outros 12, uma base para armazenar e não tem vocação para ser utilizada em lançamentos, mesmo que haja esta necessidade em caso de urgência.
Desde a cimeira histórica de Singapura, a Coreia do Norte interrompeu oficialmente as atividades nucleares e desmantelou uma base de testes de mísseis, além de ter prometido desativar o principal complexo nuclear do país.
O presidente dos Estados Unidos celebrou o seu encontro com Kim Jong-un e abriu o caminho para a desnuclearização da península asiática, acalmando as tensões que há menos de um ano colocaram os EUA e a Coreia do Norte à beira de um conflito.
Uma reunião entre o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, e o braço direito do governo norte-coreano, Kim Yong Chol, prevista para a próxima semana, foi anulada. Na passada quarta-feira, Trump adiantou que se iria encontrar com Kim Jong-un no começo do próximo ano.
// RFI
O amigo Kim como bom comuna que é não poderia deixar de ser matreiro também!
também o Saddam tinha camiões laboratório, umas quantas refinarias e fábricas de armamento químico e outras infraestruturas preocupantes, que quando foi invadido, nem bunkers tinha…