O Chega foi o partido que mais aprovou as propostas de alteração ao OE dos socialistas e o PSD foi quem o fez menos vezes. A Iniciativa Liberal foi o partido que mais vezes votou contra o PS.
Apesar das críticas constantes e de André Ventura já ter afirmado que quer ser visto como o líder da oposição, de acordo com os registos do site do Parlamento, o Chega foi o partido que mais votou ao lado do PS nas propostas de alteração ao Orçamento de Estado, tendo concordado com os socialistas 56 vezes.
Depois de se falar sobre como o PAN foi um dos partidos que teve mais propostas a ser aprovadas, era natural que estes também tivessem ficado ao lado do PS mais vezes, e isso verificou-se — o partido de Inês Sousa Real votou 51 vezes com os socialistas durante a especialidade.
Em terceiro lugar surge o Bloco de Esquerda (43), seguindo-se a Iniciativa Liberal (38), o PCP (37) e, por fim, o PSD (34). O Livre não entra nas contas feitas pelo Observador porque não tem assento na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças (COF).
O PSD foi também o partido que mais vezes se absteve na votação de propostas dos socialistas (39 vezes). Já quem mais se opôs foi a Iniciativa Liberal, com 23 votos contra medidas do PS, seguindo-se o PCP (17), PSD (15), Chega (11), Bloco de Esquerda (nove) e PAN (sete).
Os reis das propostas de alteração aprovadas foram, respetivamente, o PAN e o Livre, que viram 41 e 13 medidas a receber a luz verde do Parlamento. Inicialmente, o PAN propôs 244 alterações e o Livre sugeriu 84. Mesmo assim, a maior proximidade destes dois partidos ao PS não foi suficiente para o voto a favor ao Orçamento, tendo ambos preferindo a abstenção.
Em terceiro lugar surge o PSD, que conseguiu viabilizar sete medidas, muito graças ao PSD Madeira, que garantiu a aprovação de quatro destas e que até se absteve na votação final. Segue-se a Iniciativa Liberal, que viu cinco das suas 127 propostas de alteração a serem aprovadas. O Bloco de Esquerda teve apenas duas propostas das 137 que apresentou a receber o aval do Parlamento.
Já o divórcio entre o PS e o PCP parece mesmo não ter volta a dar, já que apenas uma das medidas dos comunistas foi aprovada. Do lado do Chega, ter sido o partido que mais vezes votou ao lado do PS parece não ter colhido frutos, já que não conseguiu ter uma única das suas medidas incluídas no Orçamento.
Meu deus !!! Vale tudo na tentativa de descredibilizar um partido…. Ser oposição ou contra o OE não significa ser contra tudo.
Tal como eu cidadão posso ser a favor de determinada proposta de esquerda ou de propostas de direita, isso chama-se democracia.
O Chega foi o partido que mais vezes votou ao lado do PS e a paga foi o PS reprovar todas as propostas do Chega. Não haverá aqui hipocrizia ?