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Contactless: Portugal é dos que mais “encosta” para pagar

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Só o Reino Unido e Espanha usam mais o método de pagamento rápido. 30% dos portugueses têm múltiplas contas bancárias. Pagamento em dinheiro “está a perder força” e neobancos a ganhar tração.

Portugal tem vindo a demonstrar uma forte preferência por transferências imediatas e cartões de débito como método de pagamento principal — é, atualmente, o terceiro país que mais paga sem contacto.

Portugal emerge neste ano passado como a terceira nação líder na adoção de pagamentos ‘contactless’ — atingiu uma taxa de uso de 59%, ficando apenas atrás do Reino Unido (69%) e Espanha (72%).

Enquanto os cartões de débito dominaram, em 2023, as compras presenciais, com 42,4%, registou-se uma inclinação significativa para transferências imediatas para pagamentos online, com uma taxa de preferência de 44,7%, de acordo com o XIII Relatório de Tendências dos Métodos de Pagamento da Minsait Payments, uma entidade do grupo Indra.

A maioria dos portugueses (53,4%) gere as suas finanças através de uma única conta bancária, e 29,5% têm várias contas, com alguns a relatarem problemas nos processos bancários.

Penetração bancária e neobancos

Portugal, em particular, viu as transferências imediatas e o uso de cartões de débito como as escolhas de pagamento predominantes para transações online e presenciais. A popularidade de soluções de pagamento móvel, como o MBWay, que serve tanto pagamentos face a face quanto entre pares, também se notou.

Portugal destaca-se ainda pela sua elevada taxa de penetração bancária, com 92,6% dos adultos a possuir uma conta bancária e 84,5% a utilizar a Internet.

Ao mesmo tempo, como seria de esperar, um declínio gradual no uso de dinheiro, com os cartões bancários, especialmente os cartões de débito, a permanecerem como o método de pagamento mais utilizado entre os residentes portugueses.

“A utilização de dinheiro está a perder força e, entre os métodos de pagamento mais utilizados, o cartão bancário destaca-se novamente e continua no topo da lista de métodos de pagamento, com 94,1% dos portugueses a terem um cartão de débito, 56,4% tinham um cartão de crédito e 32,3% tinham cartões pré-pagos”, lê-se no relatório.

A paisagem dos prestadores de serviços financeiros também está a evoluir, com os neobancos a ganharem tração e a desafiar o domínio dos bancos tradicionais, especialmente nas ofertas de cartões pré-pagos.

Tendências-chave para 2024

O estudo — que contou com a colaboração dos Analistas Financeiros Internacionais (AFI) e recolheu relatos de mais de 4.800 utilizadores de Internet bancária de várias regiões, incluindo Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e América Latina — prevê ainda algumas tendências-chave para 2024.

A Minsait vê as transferências instantâneas, diversificação dos métodos de pagamento, acessibilidade dos dados, eficiência transacional e segurança reforçada como uma necessidade próxima.

Sublinha ainda o crescimento dos pagamentos eletrónicos na América Latina e Europa, muito impulsionados pela mudança digital durante a pandemia de COVID-19.

ZAP //

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1 Comment

  1. Aconselho a que mandem retirar essa função dos cartões multibanco.
    Em caso de roubo ou perda, são 50 euros diários que “voam” da conta, todos os dias até o cartão ser cancelado, ou até acabar o saldo.
    Estranhamente, os portugueses normalmente conservadores, acabam por manifestar-se adeptos de “modernices”, sem avaliarem consequências.

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