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Construtor civil condenado a pena de prisão por enterrar cadela viva

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Cão HuskyO Tribunal de Grândola condenou um construtor civil a uma pena de prisão suspensa de um ano e quatro meses pelo crime de maus-tratos a animais de companhia, considerando provado que enterrou ainda viva a sua cadela doente.

O homem condenado, Edmundo Ferreira, nega as acusações e diz que vai recorrer da sentença, em declarações ao jornal Público.

A cadela husky tinha uma doença parasitária, conhecida como dirofilariose ou “verme do coração”, em que larvas de mosquitos se instalam nas artérias pulmonares e no coração, conforme explica o diário.

Foi encontrada enterrada, ainda viva, nas traseiras do restaurante Barco do Sado, na localidade da Carrasqueira, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, pela fundadora da associação local Focinhos, Teresa Campos, após um relato recebido por telefone de que estava um cão “a uivar” há vários dias, refere o Público.

“O animal estava prostrado sem conseguir mover-se em estado caquéctico de magreza extrema, em delírio e hipotérmico” por causa do frio e da chuva e, como tinham “escavado uma pequena cova e colocado lá dentro o animal com vida”, ele mal conseguia mover a cabeça, nota a sentença citada pelo jornal.

“Para que o corpo ficasse preso colocou-lhe [em cima] uma grelha em ferro e um bloco de cimento”, acrescenta o acórdão.

“Uivava de dor e aflição”, refere a juíza e Teresa Campos nota ao Público que “parecia um trapo velho e teve de ser tosquiada por causa dos parasitas externos”.

Não se sabe quantos dias é que a cadela ficou enterrada, sem comida e sem água, e como estava em estado tão débil e com danos neurológicos irreversíveis, acabou por ter que ser abatida duas semanas mais tarde, após ter estado internada num hospital veterinário.

A sentença ainda nota que o dono do animal “não demonstrou qualquer preocupação” com o seu estado e que “afirmou que se encontrava ali porque estava à espera de o mandar abater”.

“Ao invés de lhe proporcionar cuidados de saúde e nutrição, tratou-o cruelmente com o claro propósito de lhe causar lesões, dor e sofrimento ao privá-la totalmente da possibilidade de se mover, de alimento, água e cuidados médicos”, conclui a sentença.

“Isso foi inventado por gente doente da cabeça”

O construtor civil nega estas alegações e continua a garantir que não enterrou o animal vivo. “Se há pessoa que gosta de animais sou eu”, diz ao Público, realçando que “é completamente mentira que se ouvissem os uivos, porque o animal já nem ladrava”.

“E não estava tapado com nenhuma grade de ferro. Tinha era um buraco na areia, onde se recolhia”, acrescenta Edmundo Ferreira, frisando que “isso foi inventado por gente doente da cabeça”.

O homem foi também condenado a pagar a conta do hospital veterinário e um donativo de 250 euros à Focinhos, além de ter sido proibido de ter animais durante três anos.

O construtor civil, que tem outro cão e um gato, avisa já que “nunca pensem em vir buscar este cão, que anda comigo quase 24 horas por dia”. “Senão… aí já mexem comigo”, alerta.

ZAP //

6 Comments

  1. Não demonstrou qualquer preocupação com o sofrimento do animal, ainda ameaça quem lhe quiser retirar o outro outro cão, “Senão… aí já mexem comigo”.
    No terreno onde ele enterrou o pobre animal, ainda deve haver espaço para meterem esta criatura amarrada num buraco, e colocar em cima, uma daquelas sanitas antigas onde os clientes do seu restaurante, se podem servir abundantemente, até encherem o buraco, indiferentes aos uivos.

  2. Pena suspensa? Não sou a favor da lei de Talião, Mas este energumeno, deveria estar na cadeia, a pão e água. Não passa de um reles assassino de animais.

  3. E???? O que é que ele faz se mexerem e a quem mexer com ele? Uma ameaça? Devia ser preso por isso, por fazer ameaças à integridade dos outros. Grande besta, também o que se pode esperar dum “carroceiro” pato bravo, construtor civil e dono dum restaurante que sabe-se lá que tipo e qualidade de alimentos é que ele serve aos clientes? Que tal uma inspecção da ASAE, talvez encontrassem lá muita coisa que não deviam.

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