O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos (EUA), liderado por John Bolton, pediu ao Pentágono que lhe facultasse opções para atacar o Irão, depois de um grupo de guerrilheiros alinhados com Teerão ter lançado morteiros numa área em Bagdade que abriga a embaixada americana.
Segundo informou o HuffPost no passado domingo, com base numa notícia da Reuters, este pedido despertou “profunda preocupação” entre os funcionários do Pentágono e do Departamento de Estado, levando a que atuais e ex-autoridades americanas se tenham manifestado sobre o assunto.
De acordo com a agência noticiosa, não se sabe se as informações cedidas pelo Pentágono para um ataque ao Irão foram fornecidas à Casa Branca ou se o presidente Donald Trump tinha conhecimento deste pedido.
A decisão de procurar opções para atacar o Irão foi motivada por um incidente, decorrido em setembro de 2018, no qual três morteiros foram disparados contra um bairro diplomático em Bagdade. As granadas caíram em terreno aberto e ninguém ficou ferido.
Questionados sobre o assunto, tanto o secretário do Departamento de Estado, Mike Pompeo, como uma porta-voz do Departamento de Estado recusaram-se a comentar.
Do lado do Pentágono também não houve comentários imediatos sobre o tema. Até ao fecho da notícia, também os contactos com a Casa Branca e o Conselho de Segurança Nacional foram infrutíferos.
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, contudo, disse ao Wall Street Journal (órgão que primeiro divulgou a notícia), que os EUA continuam a verificar o estado dos funcionários americanos naqueles territórios, após tentativas de ataques contra a embaixada, em Bagdade, e o consulado americano, em Bassorá.
“Consideraremos um conjunto de opções para preservar a sua segurança [‘staff’] e os nossos interesses“, frisou o porta-voz.
TP , ZAP // HuffPost