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Confronto com revisor do comboio na origem da morte dos graffiters

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Uma testemunha que se encontrava no comboio afirma que os graffiters tentaram bloquear as portas e terão recuado para a linha quando o revisor lhes lançou espuma de um extintor.

Em declarações à RTP, Miguel Toreia, uma das pessoas que estava dentro do comboio que se encontrava parado no apeadeiro de Águas Santas, conta que os graffiters estavam a tentar impedir o andamento do mesmo.

“Eles simplesmente abriram a porta para o lado de fora de modo a que o comboio não andasse – porque é impossível o comboio andar com a porta aberta – para graffitar enquanto a porta estivesse aberta“, conta.

Face a esta situação, o revisor do comboio terá usado a espuma de um extintor de incêndio para os afastar do comboio.

“O revisor ao aperceber-se do que eles iam fazer, que supostamente era graffitar, entrou na cabine e pegou num extintor e arremessou com a espuma contra os jovens”, explica.

Os jovens terão mesmo respondido com pedras e, foi quando recuaram para a linha, que se deu o acidente com o outro comboio que passava.

“Eles começaram a atirar pedras, inclusive para o lado onde eu estava, (…) o revisor continuou e, no momento em que eles se afastam da espuma, passa um comboio”, recorda.

Apesar de ter sido tudo muito rápido, Miguel conta que se viveram momentos de pânico dentro das carruagens, visto que as pessoas pensavam que se tratava de um assalto.

“Sabe que estamos numa altura em que o terrorismo… Primeiro até pensámos que era um assalto mas depois quando vimos… eles não entraram sequer, mas muita gente no comboio, pelo menos na minha carruagem, estavam todas assustadas”.

“E eram muitas raparigas, já a tremer por todos os lados, inclusive, uma era asmática e estava já a sentir-se mal, não tinha a bomba com ela”.

Segundo apurou a RTP, o maquinista do comboio que atropelou os jovens já foi ouvido pela PSP e terá contado que avistou uma nuvem de fumo imediatamente antes do impacto.

Já a CP afirma que se encontra a colaborar com as autoridades e a fazer averiguações internas, garantindo ainda que “estará sempre ao lado dos seus trabalhadores”.

O acidente ocorreu na passada segunda-feira, na linha que faz a ligação Campanhã (Porto) – Ermesinde (Valongo).

Entre as três vitimas mortais estão dois jovens espanhóis, de 18 e 20 anos, e um português que faria 19 anos na próxima quarta-feira.

ZAP

13 Comments

  1. Para certa “gente” com desarranjos mentais, estes infelizes vândalos parece que morreram “heroicamente”.
    Mas para esta “gente” que devia tratar da cabecinha cheia de lixo, deixo uma célebre máxima do grande expoente da ciência, Albert Einstein, para que meditem:
    “A DIFERENÇA ENTRE ESTUPIDEZ E GENIALIDADE, É QUE A GENIALIDADE TEM OS SEUS LIMITES.”

  2. Alguém tem de parar estes vândalos dos grafitters. Neste caso foi o comboio que os parou. Pagaram pelos seus crimes. Paz às suas almas.

  3. Como já escrito no comentário da notícia do dia de ontem 09/12/15, sobre a falta de apuramento do que realmente aconteceu, hoje, já existe uma explicação ao acontecido.
    Existe nestes país autoridades competentes para manter a ordem e prender os criminosos e não é aceitável cada pessoa por iniciativa própria escolher a forma como se defender. Vejamos que neste sururu os delinquentes ao fugirem do extintor, estavam na plataforma e derrubam um inocente para a linha e passa um comboio, este INOCENTE podia ser o teu pai, mãe, irmão, uma criança … etc, pois bem, perante o facto os delinquentes tinham fugido e tinhas morrido TU.
    Qual é o final desta história, é que não aconteceu, mas podia ter acontecido.
    Para que não haja dúvidas sou a favor da arte mas não do vandalismo, e mais importante a vida humana, pois os que morreram eram filhos irmão, tio, sobrinho de alguém e perderam pelas suas atitudes aquilo que temos unicamente uma vez; A vida.

    • meu caro devias era de ficar como carro grafitado e com a porta de casa também, e depois gostava de ver a chamar a policia e para fazer queixa contra desconhecidos e teres de pagar do teu bolso a limpeza das coisas. eu em frente ao meu trabalho tenho um fontanário de lisboa que é todo em pedra e não existe nenhum sitio que não esteja grafitado. é correcto? não vou responsabilizar o revisor pela morte de alguém que quando nem devia de estar a fazer o que estava a fazer.

  4. Morreram porque assim o quiseram. Que não fossem para a linha.Basta ver como andam os comboios, todos vandalizados por estes vândalos.. Os comboios são património publico, de todos nós. As autoridades haviam era apanha-los a pintar e a CP enviar as contas da limpeza para casa deles. Sendo m,enores, chamar os pais à pedra.

  5. Eu também já fui bem traquina e fiz muita borrada em jovem, quem não fez só se for santo e atire a primeira pedra, também tive de fugir em algumas situações tipo quando ia a chinchada a fruta e podia correr mal e o dono ao me dar uma paulada me poder matar, são coisas que acontecem a quem anda a chuva e se quer molhar, quanto ao revisor nada a apontar reagiu consoante a sua consciência assim como os jovens fizeram o que acharam na altura ser fixe ou não.
    Para mim são coisas que acontecem e não deveriam, agora culpas nem para um lado nem para outro pois os Portugueses tem sempre a tendência em dizer quando vem algo mal, porra não a ninguém que lhes dê uma lição mas quando alguém o faz e corre mal já é um filho da mãe, dai para mim ser um acontecimento triste mas apontar culpas a alguém sinceramente não acho.
    Deixo apenas os meus pêsames as famílias que perderam os jovens e para o Revisor que recupere bem mentalmente pois também não deve estar bem.

  6. Se um familiar meu fosse apanhado na linha férrea por um comboio, fosse em que circunstancia fosse, era bem feito, porque nenhum dos meus familiares tem rodas para andar na linha férrea…quanto a conta das limpezas dos comboios, deveriam ser enviadas para a residência de pessoas como o sr. “CADAFAZ”.

  7. Lamento a morte dos jovens que inconscientemente se colocaram a jeito. Mais lamento os problemas criados ao revisor e ao maquinista do comboio que os atropelou. Lamentarei profundamente se a atitude em serviço do revisor tentando preservar a carruagem e afastar os delinquentes lhe causar outro tipo de problemas para além dos de consciência.
    Os prejuízos anuais da CP por este tipo e outros de vandalismo que creio serem da ordem dos € 300.000,00/anuais são de lamentar por sermos todos nós a pagar mas são o problema menor.
    O que é lamentável é que os jovens neste caso com mais de 18 anos, cujo voto vale tanto quanto o meu sejam inconscientes nestes atos, arriscando a vida, vandalizando propriedade alheia ocupando o seu tempo de uma forma inútil quando poderiam trabalhar a bem da comunidade. Espero que nestes como noutros casos quando cheguem á Justiça esta tenha mão pesada, mesmo muito pesada obrigando-os a serviços cívicos como por exemplo limpeza de matas do Estado.

  8. Os meus pêsames as famílias dos falecidos e o meu apoio ao revisor nesta hora difícil para que recupere bem deste incidente. Está em causa o direita à defesa pessoal e do bem comum. É sempre de lamentar a mor de jovens nestas circunstâncias mas não se devem assacar culpas ao revisor que fendeu não só a carruagem mas os passageiros neste tempo de terrorismo e atentados. Curioso é ver que depois de terem sido apanhados a vandalizar estes jovens não só não fugiram mas ainda atiraram pedras à composição e ao revisor. E para quem acha como o comentário acima que aquando somos atacados devemos enfiar e esperar pela autoridade espero que um dia não se venha a arrepender dessa posição, já que os passageiros do comboio de Paris agradeceram aos soldados o americanos o contrário. . Nós somos Portugueses, não somos pamonhas.

  9. Tenho muita pena do revisor que lhes lançou a espuma, que só queria que o comboio andasse e deve estar com problemas horríveis por lhes ter causado a morte. Foi um trágico acidente.

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