//

Identificados os dois espanhóis que fugiram após atropelamento de graffiters na Maia

6

A PSP do Porto identificou dois espanhóis que, na noite de segunda-feira, fugiram do apeadeiro de Águas Santas, na Maia, após três jovens terem sido colhidos mortalmente por um comboio.

O acidente provocou “três vítimas, um português e dois espanhóis”, e outros “dois elementos ausentaram-se do local e já foram identificados” pela polícia, comunicou uma fonte do Comando da PSP do Porto à agência Lusa.

As vítimas são dois espanhóis, de 18 e 20 anos, e um português, residente na Senhora da Hora, em Matosinhos, que faria 19 anos na próxima quarta-feira.

A polícia encontrou ainda um Seat Ibiza preto de matrícula espanhola nas proximidades do local do acidente. “A PSP está agora a fazer diligências no sentido de apurar os factos”, concluiu a mesma fonte. A investigação decorre em coordenação com as autoridades de Espanha.

O acidente ocorreu na segunda-feira, cerca das 20h20, quando um grupo de jovens tentava pintar as carruagens de um comboio que se encontrava parado no apeadeiro de Águas Santas-Palmilheira e foi atingido por um comboio que vinha em sentido contrário, cruzando a uma velocidade de quase 120 km/h, na linha que faz a ligação Campanhã (Porto) – Ermesinde (Valongo).

Backjump

De acordo com o apurado pelo Jornal de Notícias, o acidente terá acontecido enquanto os jovens faziam “backjump”, um desafio que consiste em ações-relâmpago de pintura em carruagens enquanto estas estão momentaneamente paradas nas estações para recolher e deixar sair os passageiros.

No local foram encontradas várias latas de tinta utilizadas para o efeito, sugerindo que os jovens estariam a grafitar o comboio que fazia a ligação entre a estação de Campanhã e a da Régua, no apeadeiro de Águas Santas-Palmilheira.

Trata-se de um fenómeno internacional que já existe há alguns anos em que os graffiters filmam as ações para serem partilhadas na Internet.

De acordo com MrDheo, um dos graffiters portugueses mais conhecidos, é frequente os jovens viajarem para outros lugares para “colecionarem modelos de comboios diversificados”. Terá sido esse o caso dos espanhóis que acompanhavam a vítima portuguesa.

O JN refere que a CP gasta 300 mil euros por ano em limpezas após estes actos de vandalismo, recorrentes nas estações portuguesas.

O presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, considera que estas ações só terão solução “quando a CP colocar redes ou grades no local, impedindo a passagem”, mas reconhece que a solução passa pela existência de “espaços próprios para os jovens grafitarem”.

ZAP

6 Comments

  1. Pintar comboios, edifícios alheios, paredes etc. com graffiti é um crime grave ao património que deve ser severamente punido. São comportamentos marginais e criminosos que destroem as nossas paisagens urbanas e que têm de ser encarados como tal. Pessoalmente preferia que esses 3 jovens estivessem agora na prisão em vez de estarem mortos. Mas pagaram pelo comportamento marginal que tiveram, embora talvez um preço demasiado alto, é certo. Que isso sirva para reflexão a outros jovens com comportamentos idênticos.

      • Não estes até parece serem sócios do Sócrates e o “nosso” carro em questão teria sido emprestado pelo Marocas que por acaso até lá estaria e lhes gritou, ponham-se em fuga!

  2. É da responsabilidade das autoridades investigar o que realmente aconteceu, porque o que tem vindo a público não se aproxima daquilo que provavelmente aconteceu, a não ser a certeza de que morreram 3 jovens que efectuavam graffitis numa carruagem.

  3. Houve pelo menos uma vantagem, as carruagens não ficaram danificadas e são menos três a praticar vandalismo no país que nos custa muito caro!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.