Confirma-se: efeitos secundários das vacinas de mRNA são ligeiros

A análise de duas bases de dados norte-americanas permitiu concluir que 92% das reações adversas são ligeiras, e só em 1% há necessidade de procurar tratamento médico.

Um estudo sobre as 298 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 de mRNA mensageiro administradas nos Estados Unidos durante os seis primeiros meses da campanha de vacinação (dezembro de 2020 e junho de 2021) confirma que a maioria dos efeitos secundários é ligeira e desaparece um ou dois dias após a imunização.

Em causa estão as vacinas da Pfizer-BioNtech e da Moderna. Os autores do estudo, publicado na revista Lancet Infectious Diseases, encontraram 340 mil registos de efeitos secundários de vacinas na análise feita a duas bases de dados norte-americanas, de acordo com o Público.

Concluíram que 92% dos efeitos secundários não eram graves, e em menos de 1% dos casos as pessoas vacinadas precisaram de cuidados médicos.

Foram usados dados do Sistema de Informação de Efeitos Adversos de Vacinas (VAERS na sigla em inglês), gerido pelos Centros de Controlo e Prevenção das Doenças (CDC) e pela Food and Drug Administration, a agência que gere o mercado do medicamento nos EUA.

Para esta base de dados podem contribuir médicos, fabricantes de vacinas e qualquer residente nos EUA. Mas foram também analisados os dados do sistema v-safe, gerido pelos CDC, criado só para as vacinas da covid-19, que que se baseia em inquéritos enviado por smartphones diariamente, na primeira semana após a vacinação, e depois a intervalos mais longos nos meses seguintes, para verificar reações adversas.

Dor de cabeça (20%), fadiga (17%) febre (16%) arrepios (16%) e dor (15%) são os efeitos secundários mais comuns registados na base VAERS. Dos mais de 22 mil registos de sintomas graves (6,6%), a falta de ar foi o mais frequente.

Nas duas bases de dados ficaram registadas 4500 mortes, com mais de 60% a ocorrer em pessoas com mais de 60 anos.

Mas como as vacinas contra a covid-19 começaram a ser usadas apenas com uma autorização de emergência, e não a autorização definitiva, as instituições de saúde são obrigadas a registar todas as mortes que acontecem após a vacinação, estejam ou não potencialmente associadas à vacinação, explica um comunicado da Lancet.

“É tranquilizador que os seis meses de dados da VAERS indique que, embora aproximadamente um em cada mil indivíduos vacinados possa ter um efeito adverso, a maioria é ligeiro. E não emergiram padrões invulgares na causa de morte ou efeitos adversos graves”, escreve Elizabeth Phillips, do Centro Médico Vanderbilt, num comentário ao trabalho.

ZAP //

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