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Confinamento diminuiu crimes urbanos em todo o mundo

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Paris em quarentena

Os crimes urbanos, que geralmente passam por roubos e assaltos, caíram substancialmente durante o confinamento. Contudo, à medida que as restrições foram diminuindo em vários países, a violência também começou a surgir novamente.

Uma análise de relatórios de crimes de 27 cidades na Europa, Ásia e Américas revelou que o crime urbano caiu mais de um terço durante o confinamento, mas subiu continuamente quando as restrições foram suspensas.

Os dados indicam que os assaltos caíram em média 46% e os roubos de veículos cerca de 39%. Os crimes menores, como furtos em lojas, desceram perto de 47% nos países analisados.

Manuel Eisner, professor de criminologia da Universidade de Cambridge, refere que as quedas foram acentuadas, mas de curta duração, com as taxas de crimes mais baixas relatadas duas a cinco semanas depois dos confinamentos entraram em vigor. “Depois disso, os números começam a subir novamente”, revelou.

De acordo com o The Guardian, o confinamento em Espanha, conhecido por ser um dos mais rígidos da Europa, transformou o crime urbano em Barcelona, com os assaltos a cair cerca de 84% e os roubos em 80%.

A análise, publicada na Nature Human Behavior, mostra de que forma as restrições repentinas e substanciais à mobilidade das pessoas mudaram dramaticamente a imagem do crime urbano, e como os níveis aumentaram rapidamente quando as restrições diminuíram.

De acordo com o estudo, os confinamentos tiveram menos impacto sobre os homicídios, que caíram apenas 14%. Isto pode dever-se ao facto de muitos destes crimes ocorrerem na esfera privada, realçou Eisner.

Os homicídios em Lima, no Peru, em Cali, na Colômbia, e no Rio de Janeiro, no Brasil – todas cidades onde uma grande proporção dos assassinatos se deve à violência de gangues – caíram 76%, 29% e 24%, respetivamente, durante o confinamento.

ZAP //

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