O condutor do autocarro que este domingo esteve envolvido num acidente em Tarragona, Espanha, causando a morte a 13 estudantes Erasmus, vai responder esta segunda-feira perante um juiz por “13 delitos de homicídio por imprudência”.
Segundo o responsável da Administração Interna do governo regional da Catalunha, Jordi Jané, o condutor do autocarro foi ouvido pela polícia autonómica catalã na qualidade de “investigado”, devido à possibilidade de ter cometido algum delito.
As análises realizadas ao motorista para detectar drogas ou álcool deram ambas “negativo”.
No entanto, o jornal catalão La Vanguardia adianta que o condutor – um motorista com 17 anos de experiência em autocarros e sem nenhum acidente anterior – vai ser ouvido como “imputado”, figura penal equivalente ao “arguido” em Portugal, por “13 delitos de homicídio por imprudência”.
Os investigadores colocaram desde cedo a hipótese de o condutor ter adormecido ao volante.
O Governo regional e o Governo central em Madrid atribuíram logo pela manhã o acidente a “factores humanos”, descartando qualquer avaria técnica no autocarro.
O acidente aconteceu às 6h da manhã, quando o autocarro, que circulava no sentido de Barcelona, perdeu o controle, atravessou a faixa e colidiu com o outro veículo.
Jordi Jané reiterou que as marcas deixadas pelos pneus do autocarro indicam que houve “uma manobra repentina em que o autocarro vai repentinamente para a direita e, de repente, dá-se uma guinada de volante para a esquerda, provocando um gravíssimo impacto”, no caso um “acidente fatal”.
O acidente causou pelo menos 13 mortos – todas raparigas estudantes do programa Erasmus e estrangeiras – e 50 feridos, dos quais 6 “em estado crítico”.
A Proteção Civil da Generalitat indicou que no autocarro acidentado viajavam estudantes do Peru, Bulgária, Polónia, Irlanda, Palestina, Japão, Ucrânia, República Checa, Nova Zelândia, Reino Unido, Itália, Hungria, Alemanha, Suécia, Noruega e Suíça.
Sobre o ligeiro, que circulava em direção contrária, Jordi Jané adiantou ser “certo que os seus dois ocupantes não têm qualquer culpa”.
Os dois ocupantes do ligeiro permanecem hospitalizadas.
ZAP