Um concerto juntou 2.500 pessoas na Altice Arena, sem máscara e sem distanciamento social. A DGS diz que não teria autorizado a realização do evento.
A edição de 2021 do concerto BC Best, na Altice Arena, teve início às 19h30 do final da tarde de domingo e prolongou-se até às 2h00 da manhã de segunda-feira. No site prometia-se o cumprimento de “todas as medidas de segurança exigidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)”.
Segundo o Observador, seguiu-se uma after party na Venda do Pinheiro, em Mafra, das 3h00 da manhã até ao meio-dia, organizada pelo mesmo promotor: a Bad Company. O cartaz contou com artistas como Shimza, Carlos Manaça, l’Raphael e DJ Pausas.
Pelos vídeos divulgados nas redes sociais, o ambiente vivida fazia lembrar aquele dos tempos pré-pandemia. Sem máscaras e sem o cumprimento do distanciamento físico de dois metros num concerto que reuniu 2.500 pessoas num recinto fechado.
Portugal thank you 🙏🏾❤️🇵🇹 pic.twitter.com/LLWbrcqII9
— SHIMZA (@Shimza01) August 30, 2021
Se mesmo com o cumprimento das medidas exigidas pela DGS o espetáculo foi polémico, esta quarta-feira, o Observador dá conta de que a DGS não teria autorizado a realização do evento. Ao que o jornal apurou, não foi elaborado qualquer plano de contingência nem foi emitido qualquer parecer para o concerto.
A informação foi confirmada pela própria DGS e pela a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
A DGS garante que nunca autorizaria um espetáculo com 2.500 pessoas num recinto fechado sem a utilização de máscara. O organismo liderado por Graça Freitas argumenta que tal vai contra a Lei 36-A/2021 atualmente em vigor, que determina a obrigatoriedade, pelo menos até 12 de setembro, do uso de máscara em espaços fechados.
What a night!!! 😭😭😭🇵🇹❤️ pic.twitter.com/oc5yFJeZms
— SHIMZA (@Shimza01) August 30, 2021
Até mesmo na Festa do Avante!, a realizar-se numa numa quinta ao ar livre, o uso de máscara será obrigatório em espaços assinalados.
Embora o concerto tenha tido — como é habitual — a presença de elementos da PSP, estes não terão atuado perante o incumprimento das regras.
Tanto no cartaz do concerto como no da after party, sublinha o Observador, foi usado um pequeno selo com a inscrição “Entidade Autorizada DGS”. No entanto, a DGS garante que não só não passou qualquer credencial de “entidade autorizada” à Bad Company, como também não reconhece a nenhuma empresa esse título.
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INCOMPREENSÍVEL…….. Puro e simplesmente !…….. Agora quem se responsabiliza por o quase inevitável aumento de casos ?????