O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) Luís Neves alertou, esta quarta-feira, que aplicações como o WhatsApp ou o Telegram protegem os criminosos. Mas de que maneira?
O WhatsApp e o Telegram – quando usado com perícia – são meios os “ideais” para os criminosos.
Este tipo de aplicações permite a troca de mensagens encriptadas – o que impede o acesso externo ao conteúdo das mesmas.
A encriptação é uma técnica “ideal” porque que garante confidencialidade, integridade e autenticidade. Joga, por isso, a favor dos criminosos.
Esta quarta-feira, Luís Neves apelou a alterações legislativas – nomeadamente nas diretivas e jurisprudência europeias.
Citado pelo Correio da Manhã, o diretor nacional da PJ lamentou que, face à inércia na atuação neste tipo de plataformas, muitos crimes ficam por resolver.
“Já houve cinco homicídios em Portugal planeados por redes do Norte da Europa e dos Balcãs que vieram cá para os concretizar. Há poucos dias dois guardas prisionais foram mortos em França por um grupo altamente sofisticado e organizado.
Depois do WhatsApp, Telegram e outras aplicações encriptadas terem feito, esta terça-feira, uma declaração conjunta onde se opõem a qualquer controlo, Luís Neves acusou-os de protegerem os criminosos.
“É uma luta absolutamente desigual entre quem investiga e quem protege criminosos (..) É uma luta entre a defesa extremada da privacidade e a segurança de todos”, atirou o dirigente.