Combustíveis desceram em Espanha: informática falha, cliente nem sabe o PIN

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ZAP

Loucura logo a partir do início da manhã nesta sexta-feira. Plano novo do Governo vai criar ainda mais confusão no fim-de-semana.

O preço dos combustíveis em Espanha desceu 20 cêntimos por litro, nesta sexta-feira. Dessa descida, 15 cêntimos serão suportados pelo Estado e os outros 5 cêntimos pelas empresas petrolíferas.

O plano foi aprovado pelo Governo liderado por Pedro Sánchez e é uma resposta às consequências económicas da guerra na Ucrânia. O imposto espanhol sobre os produtos petrolíferos já está em mínimos na Europa. Por isso, o Executivo não consegue diminuir esse valor, optando por pagar parte do valor que cada consumidor vai pagar.

Logo ao início da manhã do primeiro dia da descida considerável nos preços, o “caos” instalou-se nos postos de combustíveis, descreve o jornal El Mundo.

“O dia todo tem sido horrível e ainda vai piorar”, avisou Itzíar Muñoa, responsável por diversas estações de serviço, em Álava, Guipúzcoa, Navarra e La Rioja.

O cenário de confusão tinha mesmo tendência para piorar. Primeiro a partir das 15 horas (quando começa a hora de ponta à sexta-feira) e depois porque vem aí o fim-de-semana.

“Isto está a ser muito louco e o problema é que passas toda a semana sem vender nem um litro, com gasolineiras vazias, sem poder trabalhar. E agora aparecem todos de repente”, descreveu.

Filas enormes já originaram falta de combustíveis em alguns postos. “É uma avalanche. Hoje é a tempestade perfeita para isto explodir”, comentou David Alameda, sócio do grupo Ballenoil.

Com a “loucura” que começou logo às seis horas da manhã, ficou o aviso: “Está a ser uma loucura e não sei se vamos ficar sem produtos”.

Entre as múltiplas cenas de stress, numa estação de serviço os clientes deixaram de poder utilizar os vales de desconto – o sistema informático tinha avariado. E, noutro local, um cliente estava tão nervoso com o panorama caótico que se esqueceu do código PIN do seu cartão de pagamento.

Voltando à conversa do diário com Itzíar Muñoa, fica a questão: “Tive um dia para me adaptar a esta novidade. Mas não chegou. Quem me paga pelo dia e meio que passei a falar com o pessoal do serviço de informática e a fazer testes?”.

Muñoa reclama pelo facto de as empresas pagarem 5 cêntimos deste desconto: “O primeiro-ministro Pedro Sánchez convida, nós pagamos”.

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